Com um burro às costas. Música com humor.
Estive sete dias sem Internet. O apoio técnico por parte da operadora, a única entidade que o pode prestar, só chegou hoje. Uma simples troca de modem. Podia ter recorrido a outros acessos à Internet, mas estas conversas são pessoais e têm um nicho, a minha casa. Sou fetichista.
Há quem acredite que a técnica nos conduzirá à eternidade. Quanto a mim, a técnica, parente da obsolescência, é aceleradora da morte. Atropelam-se os funerais de técnicas de ponta, computadores incluídos. Deus não fez, neste mundo, obra perfeita. O que fez desfaz-se. Não faltam porém divindades de barro em busca da perfeição. São os piores inimigos da humanidade.
Neste País de mil leis, uma operadora não tem prazo para acudir a uma participação de avaria! E nem sequer é possível denunciar o contrato. Por causa da fidelização. Quando o poder político e o poder económico se sentam no mesmo banco, o melhor é o consumidor não se pôr a jeito. Para a próxima, pense duas vezes antes de avariar, não vá carregar dois burros às costas.
Esta abstinência digital lembrou-me quatro músicas dedicadas a animais. Na primeira, os burros zurram; na segunda, as galinhas esgaravatam; na terceira, os cucos parasitam; e na quarta, os zangões zumbem.
La Fête de l’Ane. Excerto. Música medieval. Clemencic Consort.
Jean-Philippe Rameau. La Poule. 1728. Sir Neville Merrimer.
Louis-Claude Daquin. Le Coucou. 1735. Trevor Pinnok.
Nikolai Rimsky-Korsakov. Flight of the Bumblebee. 1899-1900. David Garrett.
2 responses to “Com um burro às costas. Música com humor.”
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- Fevereiro 17, 2018 -
He, he. Valeu a analogia da música aos animais.Acredita que imaginei-os ao som da música na perfeição! 🙂