Um par de cabeças

Venez danser
Copain copain copain copain copain copain
Venez danser
Ça danse les yeux dans les seinsJacques Brel
Segundo Bergson, o riso está associado à observação desprendida de situações e comportamentos desajeitados (Charlot), inexpressivos (Buster Keaton), desviados (Don Quixote), desastrados (Mr. Hulot) ou desregrados (Mr. Bean). Mas quando o humor é criativo, quem fica sem jeito, desconcertado, é o próprio observador, que se sente deslocado para jogos que ultrapassam a razão desprendida. Tem cócegas no cérebro.
Um pouco de céu
Hoje, foi dia de pequenas coisas. Ressonâncias que não pesam no juízo final. Memórias sem história. Nada para arquivar. Quando escrevi, há 10 anos, o artigo Lembranças tinha mais memória e menos barriga. Mas agrada-me. Centra-se no insignificante. Amanhã, recomeçam os vazios importantes. Aumenta a pose e encolhe a pessoa. Entretanto, apetece-me ouvir Mafalda Veiga.
Mafalda Veiga. Um pouco de céu. Tatuagem. 1999.
Lembranças
- Postal 1
- Postal 2
Neto de comerciante, foi-me dado assistir à morosa hesitação da escolha dos postais ilustrados. Não deixa de constituir tarefa penosa, quase um milagre, conseguir acomodar, num rectângulo tão exíguo, emissor, destinatário, pretexto, mensagem e imagem. Lembro-me, também, da recepção de alguns postais. Ao estremecimento e à comunhão iniciais, com o postal a passar de mão em mão, sucedia-se a exposição num “altar improvisado” e o recolhimento numa gaveta, caixa ou álbum destinado às relíquias memoráveis. Quase todos nós, apesar dos anos e das mudanças, preservamos alguns destes tesouros semi-privados. Compõem uma espécie de bálsamo para as rugas da nossa identidade.
Os postais ilustrados comportam uma vertente estética. Podem ainda apresentar uma aura de magia, virtualidade, aliás, própria de um objecto que se interpõe entre duas pessoas. Absorvem o emissor que neles se inscreve (“estou aqui!”) e convocam o destinatário que neles se adivinha (“Esta menina és tu a pedir à Nª Sª pª vires passar as férias a casa”: postal 1). Podem, inclusivamente, aspirar a uma certa tangibilidade das almas ou, se se preferir, a um magnetismo dos corpos separados: “Se o pensamento fosse visível, ver-me-hias sempre ao teu lado” (postal 2). Muitos postais ilustrados são dádivas. Antes de mais, dádivas de si. São lembranças, “something between a message and a present” ( Andrew Martin:http://blogs.guardian.co.uk/travelog/2008/07/postcards_back_from_the_edge.html).
São prendas! Apreciadas, exibidas e guardadas. Pessoalizadas em sintonia com o outro, pedem criatividade, dedicação e sentido de oportunidade. Confesso nutrir alguma predilecção pelos postais ilustrados anteriores a 1902, aqueles em que “de um lado só se escreve a direcção”. Reduzem o importante ao essencial. E o essencial, como bem sabemos, cabe no buraco de uma agulha. As soluções, variadas, oscilam entre a incontinência de letras que afoga a imagem e o gesto discreto e precioso que lhe acrescenta valor. Mesmo com a possibilidade de escrita no reverso do postal, as marcas e as inscrições na imagem perduraram, como uma espécie de luxo ou de requinte pessoal ( atente-se no postal 3 e, sobretudo, no pormenor do postal 4: estes postais podem ser vistos no blogue Postais Antigos: http://postais.do.sapo.pt/). É certo que, na maioria dos casos, estas prendas são surpresas esperadas, ao sabor das efemérides ou das viagens. Se tardam, sente-se a falta, num misto de frustração e inquietação.
A canção da morte a passo de caranguejo

Figura 01. Igreja de São Virgílio. Pinzolo. Itália

Figura 02. O Baile da Morte na Igreja de São Virgílio. Postal ilustrado. 1903
O vídeo O Desconcerto do Mundo inicia com imagens de danças macabras acompanhadas pela canção Ballo in Fa diesis Minore (Sono Io la Morte, 1977) de Angelo Branduardi, cuja letra corresponde aos ditos da dança macabra de Pinzolo (Itália, 1539), dança situada na Igreja de São Virgílio, na fachada que confina com o cemitério (ver Figura 1). No início do século XX, o cemitério estendia-se até à igreja (ver, na Figura 2, bilhete postal datado de 1903).
Pela localização, junto ao cemitério, a dança macabra de Pínzolo lembra a dança macabra do Cemitério dos Inocentes, em Paris, a primeira dança macabra de que há conhecimento: os frescos percorriam os muros interiores do cemitério, por cima dos ossários (ver Transi 3: Viver com os mortos). Segue canção de Angelo Branduardi, com tradução dos versos iniciais.
Angelo Branduardi. Ballo in fa diesis minore. Versão original: La pulce d’Acqua. 1977.
Descobrir é “coisa corrente”. “De sábios e tolos todos temos um pouco”. Intrigou-me, por exemplo, a afinidade entre alguns autores surrealistas (Salvador Dali, Giorgio de Chirico e M.C. Escher) e vários artistas do séc. XV a XVII, tais como Lorenz Stoer, François Desprez, Wenzel Jamnitzer e Giovanni Battista Braccelli (ver: Arquitectura de paisagem na geometria maneirista: Lorenz Stoer ; Criaturas pantagruélicas 1 ; Criaturas pantagruélicas 3 ; Perspectivas: Wenzel Jamnitzer e M. C. Escher ; Braccelli. À maneira surrealista ).
Estas duas “descobertas”, versos da “canção da morte” e influência do maneirismo no surrealismo, são, de facto, descobertas da pólvora. De algum modo, já se sabia!

Figura 03. Início da dança macabra de Pínzolo. Músicos e primeiros versos
Qual o interesse em descobrir o descoberto? A felicidade e o treino: descobrir é uma experiência grata e uma competência que ganha em ser cultivada. “o acaso só toca os espíritos bem preparados” (Joseph Pasteur). O episódio da letra da canção de Angelo Branduardi deve muito ao acaso, acaso que só toca, contudo, à minoria que lê os versos das danças da morte. “Preparar bem o espírito” não se resume à promoção de estudos exploratórios e à revisão da literatura”. Requer mergulho na realidade e capacidade de discernimento dos “fenómenos anómalos, relevantes e estratégicos” (Merton, Robert K., 1968 [1949], Social structure and social theory, New York, The Free Press, 158).
O risco de descobrir a pólvora tende a diminuir quando o tema da investigação é menos concorrido e mais circunscrito.
Escolhíamos imagens para o livro sobre as Festas d’Agonia (Martins, Moisés, Gonçalves, Albertino & Pires, Helena, 2000, A Romaria da Srª da Agonia, Grupo Recreativo e Cultural dos Trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo), quando deparei como uma fotografia com um aeroplano. Em letras muito pequenas, enxergava-se o nome: Quo Vadis. Desde 1913, os programas das festas e os jornais locais anunciam, ano após ano, a exibição de um aeroplano. O cartaz de 1913 “representa uma figura de Zé P’reira, assentando num bombo, admirando basbaquemente, um aero plano que cruza o espaço” (Aurora do Lima, 16.07.1913). Mas foi preciso aguardar pelo ano de 1918 para ver um aeroplano a sobrevoar, durante as festas, Viana do Castelo. O aeroplano chamava-se Quo Vadis… Por mesquinhas que sejam, estas micro descobertas despertam o investigador e a investigação. Podem, ainda, contribuir para o património e a memória locais.
A micro descoberta não programada requer competência, treino e disponibilidade, tanto de tempo como de espírito. Investir em quase nada é uma aventura ousada.
Para o “livrinho” A Idade de Ouro do Postal Ilustrado em Viana do Castelo, recorri à pesquisa na Internet, designadamente páginas de leilão e blogues especializados. A determinada altura, deparo-me com um postal ilustrado, datado de 31 de Agosto de 1911, com a mensagem escrita inesperadamente incompleta. Uma curiosidade. Passei em frente. Alguns dias mais tarde, surge um postal ilustrado com o mesmo emissor e a mesma destinatária, do mesmo dia e com mensagem incompleta, ambos numerados. Coleccionador de selos e leitor de romances policiais, não resisti a prestar atenção este caso anedótico. A missão consistia em descobrir o maior número possível dos doze postais enviados (“mando daqui doze bilhetes postais para assim teres a certeza que vão todos ao destino”) por um visitante de Viana do Castelo a Magdalena Manzoni, de Torres Vedras. Consegui encontrar dez, todos na Internet (ver Galeria de imagens). Faltam o 2 e o 5. Valeu a pena? Não sei, mas ainda me sinto orgulhoso. Não deixa de ser um bom indicador da paixão pelos postais ilustrados no início do século XX.
- Postal 01 Frente. Edifício da Congregação e Hospital de Velhos. Bazar Couto Viana. 1911
- Postal 01 Verso. Edifício da Congregação e Hospital de Velhos. Bazar Couto Viana. 1911
- Postal 03 Frente.. Grupo de camponezas de Santa Martha. Bazar Couto Viana. 1911
- Postal 03 Verso. Grupo de camponezas de Santa Martha. Bazar Couto Viana. 1911
- Postal 04 Frente. Rua Junto ao Mercado Municipal.Couto Viana. 1911
- Postal 04 Verso. Rua Junto ao Mercado Municipal.Couto Viana. 1911
- Postal 06 Frente. Parque no Monte de Santa Luzia e edifício destinado a hotel. Bazar Couto Viana. 1911
- Postal 06 Verso. Parque no Monte de Santa Luzia e edifício destinado a hotel. Bazar Couto Viana. 1911
- Postal 07 Frente. Vivenda da Família Pereira da Cunha. Arcozelo. Bazar Couto Viana. 1911
- Postal 07 Verso. Vivenda da Família Pereira da Cunha. Arcozelo. Bazar Couto Viana. 1911
- Postal 08 Frente. Arco da entrado do Mosteiro de S. Francisco. Bazar Couto Viana. 1911.
- Postal 08 Verso. Arco da entrado do Mosteiro de S. Francisco. Bazar Couto Viana. 1911
- Postal 09 Frente. Praça da República. Bazar Couto Viana. 1911
- Postal 09 Verso. Praça da República. Bazar Couto Viana. 1911
- Postal 10 Frente. Pharol de Montedor. Bazar Couto Viana. 1911
- Postal 10 Verso. Pharol de Montedor. Bazar Couto Viana. 1911
- Postal 11 Frente. Arcos do Fincão na freguesia de Areosa. Bazar Couto Viana. 1911
- Postal 11 Verso. Arcos do Fincão na freguesia de Areosa. Bazar Couto Viana. 1911
- Postal 12 Frente.. Vapor Ella sahindo da coka. Bazar Couto Viana. 1911
- Postal 12. Vapor Ella sahindo da coka. Bazar Couto Viana. 1911
Galeria de Imagens: Postais enviados por um visitante de Viana do Castelo em 1911
Aprecio as fábulas de La Fontaine: a Lebre e a Tartaruga, o Leão e o Mosquito, a Cigarra e a Formiga, o Lobo e o Cordeiro… Por que não o Galgo e o Caranguejo?
A Passo de Caranguejo é uma obra de Umberto Eco (2007, Difel). Segundo o autor, o mundo está a retroceder: regressa à guerra quente, retoma os fundamentalismos… O caranguejo do Umberto Eco anda para trás. Aqueles que conheço tendem a andar para o lado. O galgo corre para a frente sem tirar os olhos do isco e sem sair um milímetro da pista. Na estrada, o galgo acelera nas rectas sem abrandar nas curvas rumo à meta. O caranguejo não resiste a desvios, perde-se em atalhos e demora-se em inutilidades. O caranguejo sabe o que quer, mas relativiza os objectivos. É um “flâneur” (ver Benjamin, Walter, 2012, El Paris de Baudelaire, Buenos Aires, Eterna cadencia Editora). O galgo é racional; o caranguejo, romântico. O galgo aprecia problemas e protocolos; o caranguejo, enigmas e travessias. O cúmulo do galgo é saber os resultados antes de começar a investigação. O cúmulo do caranguejo é acreditar que para ser investigador basta existir. O sociólogo Paul F. Lazarsfeld (ver a colectânea On Social Research and Its Language, The University of Chicago Press, 1993) aproxima-se do tipo ideal do galgo; Georg Simmel (ver a colectânea La tragédie de la culture, Paris, Editions Rivages, 1988), do tipo ideal do caranguejo. Galgo ou caranguejo? Já fui galgo, caranguejo e híbrido. “No estado em que as coisas chegaram”, estou em crer que ser caranguejo dá mais prazer e ser galgo mais poder. Para a frente, para trás ou para o lado, a cada um andar a seu contento. Mais do que formas de estar no ofício de sociólogo, o galgo e o caranguejo são formas de estar na vida.
O Rei da Marcha
A equipa do Centro de Estudos Comunicação e Sociedade dedicada ao estudo dos postais ilustrados (http://postaisilustrados.blogspot.pt/) prepara uma nova publicação. Mais uma oportunidade para descobertas. À cata de postais sonoros do início do século XX, deparei com um postal com música de John Philip Sousa (1854-1935): The Corcoran Cadets March, 1890 (vídeo 2). “Rei das marchas”, filho de português, john Philip Sousa é o autor da marcha nacional dos Estados-Unidos (vídeo 1). Pelos vistos, tenho um espírito torto. À procura de alhos (postais sonoros), encontro bugalhos (um compositor). Como invejo aqueles que procurando alhos e encontram alhos. Estão sempre a ensacar alhos!
Vídeo 1. John Philip Sousa. Marcha The Stars and Stripes Forever. 1897.
Vídeo 2. John Philip Sousa. Marcha The Corcoran Cadets March, 1890.
Aqui há gato!

No tempo em que os gatos fumavam. Mainzer & Kunzli. Dressed Cats Postcards. Smoking Cats. Início anos 1950.
Há anúncios de sensibilização contra o consumo do tabaco que não são contra os fumadores. Pretendem ajudá-los. Há anúncios de sensibilização que têm sentido de humor, com ou sem gatos. Há anúncios de sensibilização em que as palavras, embora resumidas, não são cortantes. Este anúncio, Only cats have nine lives, é um exemplo. Uma paródia das compilações vídeo que circulam na Internet que lembra que nove vidas, só os gatos. Nove ou sete? Sete, na maior parte do continente europeu, nove, nos países anglo-saxónicos. E os gatos portugueses, quantas vidas têm? Os fumadores, esses, só têm uma vida! E os outros? Ambos têm uma vida e nenhuma eterna.
Anunciante: Quit. Título: Only cats have nine lives. Agência: Iris. UK, Dezembro 2013.
Skating in the Past
Este belíssimo anúncio a preto e branco da Nomad Skateboards propõe-nos um regresso ao passado, há um século atrás, para nos colocar a seguinte questão: se, em 1911, o homem concebeu o modelo do átomo e já voava em dirigíveis Zeppelin por que motivo esperou tanto tempo para colocar quatro rodas numa prancha?
Marca: Nomad Skateboards. Título: Very OLd School. . Agência: Lola Lowe Madrid. Espanha, Agosto 2012.
A ilusão: Da iluminura ao postal ilustrado
No postal publicado pela Catarina Miranda, colega de equipa de investigação, publicado no blogue Postais Ilustrados (http://postaisilustrados.blogspot.pt/, 14 de Outubro), a página do Commercio do Minho é enrugada pelos “dous rasgões irregulares” que parecem irromper da superfície do postal (ver figura).
Postais com relevo já circulavam no início do séc. XX. Atente-se, por exemplo, neste Mappa do Coração, postado em 1914 a bordo do navio Congo. Mas não, a ideia não era fazer um postal com relevo mas um postal que proporcionasse a sensação de uma terceira dimensão. Mais ou menos como algumas imagens medievais. Recordo três que tinha ciosamente reservadas para um texto que nunca mais acaba sobre a desgravitação (ausência ou distorção da gravidade) nas iluminuras medievais e nos media actuais.
O livro de horas de Gian Galiazzo Visconti, duque de Milão, foi feito no final do séc. XIV por dois ilustradores: Giovannino dei Grassi e, após a sua morte, Belbello da Pavia. Está depositado na Biblioteca Nacional de Florença. Concentrêmo-nos na seguinte página (L’eterno e gli eremiti):
Parte da imagem condiz com o esquem visual a a que estamos habituados: as torres e os veados “pesam” no sentido do fundo da página. Mas o recorte com a divindade e com os demónios lembra os rasgões do postal do Commercio do Minho; em relação à superfície da página, sobressai, por um lado, o arco com os raios de fogo e afunda-se, por outro, o círculo reservado à divindade. Os insectos, por sua vez, desempenham um papel deveras curioso. A disposição, aliada à minúcia da pintura, dá a impressão que os insectos transitam sobre a página fora da imagem. Em suma, numa parte da imagem o eixo de gravidade remete, normalmente, para o fundo de página e noutra parte o eixo de gravidade remete, deliberadamente, para a superfície da página.
Os ilustradores da Idade Média eram exímios na criação de ilusões. Algumas artes foram sucessivamente apuradas. É o caso das seguintes imagens do Da Costa Hours, um livro de horas português, concluído cerca de 1515, da autoria de Simon Bening. Vendido a estrangeiros em finais do século XIX, destaca-se como um dos manuscritos mais preciosos da Morgan Library, de Nova Iorque.
Neste livro de horas, “São Jerónimo em penitência” é emoldurado por flores que dão a impressão de terem sido pousadas sobre a imagem. Mais complexa resulta a disposição das flores no fundo da página: nascem na imagem para logo (sobres)sair dela. Registe-se, por último, que, volvido um século, aparece, na parte inferior da página, uma abelha a assumir a função das moscas do Livro de Horas de Visconti.
Os recursos para obter um efeito de relevo abundavam na Idade Média. Na “Flagelação de Cristo”, no Livro de Horas de Da Costa, as voltas dos colares apelam a uma focagem tacteante que dificulta qualquer veleidade de achatamento da imagem. O colar vermelho, pendurado na própria moldura da cena da flagelação, parece oscilar para dentro e para fora da imagem.
O que têm os livros de horas a ver com os postais ilustrados? Muito pouco. Uns são de devoção, os outros nem por isso. Os livros de horas eram caríssimos, os postais são acessíveis. Os livros de horas eram bens familiares de luxo transmitidos ciosamente de geração em geração, facto que explica terem sobrevivido milhares de exemplares. Mas há algumas características que os aproximam. Destinam-se ao prazer do olhar, bem como à intimidade do toque. São portáteis e para uso individual, senão privado. São praticamente do mesmo tamanho. Partilham, também, alguns traços de estilo. Por último, ambos surgem em momentos excepcionais de explosão social da imagem: por volta do século XIV e finais do século XIX.
Aqui há gato!
Há anúncios que incluem postais ilustrados, há outros que neles se inspiram. Um bombeiro salva um gatinho. Ambos ficam com calor e com sede. Eis uma história breve que lembra uma sequência de postais ilustrados. Porquê? Talvez pelo enquadramento. Talvez pela pose. Talvez pela estática. Talvez pela estética. Talvez pela presença do gatinho. Desde os primórdios dos postais ilustrados que os gatos constam entre os motivos mais prezados. Não direi tanto dos bombeiros, embora alguns apareçam, acalorados, em alguns postais ilustrados contemporâneos.
Marca: Sauza Tequila. Título: Fireman And Kitten Amazingness. Agência: Euro Rscg. Direção: Matt Lenski. EUA, Maio 2012.
- Postal ilustrado Innocence. 1906.
- Postal ilustrado. Cats guarding the ball.1906.
- Postal ilustrado da German American Novelty Art Series no. 768. Illustrated by German artist Sophie Sperlich. c. 1908
- Postal ilustrado da German American Novelty Art Series Nr 902. Printed in Germany. 1909
- Postal ilustrado Baby-cat, by M.T. Sheahan, a printer publisher that was active from around 1903 to approx. 1910
- Cartão Hunky do sapador bombeiro. Zazzle