Archive | Julho 2012

A Beleza do Reflexo

Eis um trabalho barroco (pérola imperfeita, em português antigo) sobre um pioneiro da pintura barroca, Caravaggio, e um artista neobarroco, Vik Muniz, às voltas com a figura de Narciso. A autora não depositou o seu trabalho no blogue do curso (Comunicação, Arte e Cultura). Enviou um pdf. Pois, vou colocá-lo no meu blogue para, de vez em quando, o revisitar: Sociologia e Semiótica da Arte – Narciso

Paixão. Estilo alemão

Ontem, a Surpresa; hoje, a Paixão. Ambas, estilo alemão. Uma pitada de preconceito não faz mal a ninguém, pois não? Tanto mais que o grupo alemão Commerzbank AG detém 96% do Bank Forum. Acresce que a campanha obteve bons resultados (ver vídeo 2).

Anunciante: Bank Forum. Título: Passion. Agência: Ogilvy & Mather Ukraine. Direção: Mikko Lehtinen. Ucrânia, 2011.

Bank Forum “German Style” Case Film.

Familiaridade estranha

Continuo a ver trabalhos. É uma maneira de estar no verão. Devagar, como quem prova bebida exótica ou toma banho no mar de Moledo. Já tenho mais do que um anel de pedras preciosas. Vão sobrar para uma pulseira. Um colar seria demais. As criações de Joana Vasconcelos dialogam, de forma surpreendente e ambivalente, com várias tradições (dadaismo, Bordalo Pinheiro, arte popular). Paradoxalmente, é neste diálogo que a originalidade da sua obra se costura. Este trabalho embrenha-se, gostosamente, nestas encruzilhadas. Chamo a atenção para a parte final em rabo de peixe: o que este curso propicia tem repercussão na vida profissional. “Caminhando não há caminho, o caminho faz-se andando”. Pois, neste curso, as pontes para o mundo envolvente lançam-se logo nos primeiros passos. Caminhando se faz caminho. Para aceder, clicar na imagem ou neste endereço http://comartecultura.wordpress.com/2012/06/04/joana-vasconcelos-uma-manta-de-retalhos-neobarroca-dadaista-e-popular/

Joana Vasconcelos, Sr. Vinho. CCB, 2010

Caminhos

Este blogue esforça-se por albergar anúncios de todo o mundo. Neste momento, dedica alguma atenção aos chamados “países de leste” onde, como em toda a parte, se faz boa publicidade. Os “intelectuais” teimam em não gostar da publicidade porque esta é um isco e uma alienação. É um reflexo condicionado, contra o qual é difícil argumentar. Os “intelectuais” criticam… e a publicidade passa.

Marca: O2. Título: New Paths. Agência: VCCP Prague. Direção: Lance Acord. República Checa, 2011.

Surpresa, estilo alemão

Sem palavras.

Anunciante: Forum bank. Título: Surprise. Agência: Ogilvy & Mather Ukraine. Direção: Mikko Lehtinen. Ucrânia, 2011.

Mais humano do que o humano

Há filmes que nos abalam os assentos: Laranja Mecânica, O Tambor, Blade Runner… As máquinas podem humanizar-se? Tenho muitas dúvidas. Os homens podem desumanizar-se? Tenho poucas dúvidas. Pareço um alambique a destilar trabalhos: gota a gota. Este, dedicado ao filme Blade Runner, é uma colheita bem refinada da disciplina de Sociologia e Semiótica da Arte, do Mestrado em Comunicação, Arte e Cultura. Para aceder, clicar na imagem ou neste endereço http://comartecultura.wordpress.com/?s=blade+runner.

Vanitas: anamorfose na sanita do comboio

Vale a pena espreitar o mundo das curtas metragens. Constitui um viveiro alternativo. Também faz bem sair do mainstream. Anim’Est é o único festival de cinema de animação da Roménia, país onde comboios antigos com sanitas estranhas ligam pequenas localidades.

Anunciante: Anim’Est. Título: Train. Agência: Ogilvy Romana. Roménia, 2011.

Fruta vestida

“Para uma vida humana condigna, as crianças carecem tanto de roupa como de alimentação”. Este print lembra Joana Vasconcelos.

Kinderhilfe West Afrika Children’s Aid. Knitted Food.

Anunciante: Kinderhilfe West Afrika Children’s Aid. Título: Knitted Food. Agência: Draftfcb, Vienna. Áustria, 2011

As meninas

Deixei para o fim a avaliação dos trabalhos de Sociologia e Semiótica da Arte, do Mestrado em Comunicação, Arte e Cultura. Avaliar, por vezes, até vale a pena. Sobretudo, quando o mestre se descobre aprendiz. Desafiados a publicar no blogue do curso um artigo dedicado a situações em que uma obra de arte é retomada em diferentes contextos, os alunos corresponderam com trabalhos dignos de partilha. Começo com este artigo sobre As meninas de Velázquez e de Picasso. Para aceder ao artigo, clicar na imagem ou neste endereço: http://comartecultura.wordpress.com/2012/04/26/as-meninas-de-velazquez-e-de-picasso/

Diego Velázquez. Las Meninas. 1657

Inchaços

Os romanos estão loucos! Os franceses, também! E os japoneses não destoam. Mas o que me interessa são os inchaços dos portugueses. Não conheço país onde os patrões e os patrões dos patrões consigam tamanha notoriedade mediática. Algo como uma bolha (im)pressionante. Dizem que a função pública está inchada! Se Portugal está mal, cumpre-lhe a ela tomar o remédio! Menos 200 000 funcionários, e talvez não seja suficiente!

Quem, nas últimas décadas, inchou foi o sector empresarial financeiro. Até deu um arrombo no barco lusitano. Remédio: injecta-se dinheiro nacional e europeu. Não sei se as empresas e o tecido empresarial incharam muito ou pouco. Cada mês, mais de 700 empresas entram em processo de insolvência. E o desemprego não dá sinais de desinchar… It’s the econonomics, stupid! Até onde poderemos emagrecer o nosso Estado duplamente social? Duplamente, porque apoia a base mas também o topo da pirâmide. Temos o RSI, para sustento dos mais carenciados, mas também temos as OP e as PPP para as empresas, sobretudo as grandes. Obras públicas desenfreadas e parcerias público-privadas generosas. Uma barrigada que levará décadas a esvaziar. Resgate-se, estimule-se e pague-se até ao último anel! Em Portugal, os inchaços são maiores do que o pé do japonês. E estão onde se sabe. Querem, no entanto, que seja o Estado a emagrecer: 200 000 despedimentos, nem mais nem menos. Uns engordam, e os outros que tomem o laxante. É melhor calar-me, para dar o exemplo.

Marca: Sunshine Sakae. Título: Táxi. Agência: ADK (Tokyo). Japão, 2012.