Anúncio quase perfeito

De qualquer ângulo, o anúncio “She/Abuelo”, da J&B Spain, é quase perfeito. Só não é perfeito porque a perfeição não existe.
Maternidade. O cordão umbilical e o ursinho de peluche

“Na UE, as mulheres recebem em média 14,1% menos por hora do que os homens. Isso equivale a quase dois meses de salário. É por isso que a Comissão Europeia marca o dia 10 de novembro como um dia simbólico para aumentar a conscientização de que as trabalhadoras na Europa ainda ganham, em média, menos do que seus colegas do sexo masculino (Comissão Europeia – Dia de igualdade salarial: https://ec.europa.eu/info/policies/justice-and-fundamental-rights/gender-equality/equal-pay/equal-pay-day_en; acedido em 11-08-2022).
Entretanto têm ocorrido alguns progressos no cuidar das crianças. O ursinho de peluche Ector, detetor de fumo de tabaco, parece ser um deles. Aproveito para acrescentar a canção Woman, de John Lennon.
És boa como um melão! Rugas, beleza e maturidade

A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa minoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Sapere aude [ousa saber]! Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento (Immanuel Kant).
O anúncio espanhol Espejito, espejito: ¿quién es la más bella?, da empresa Frutas Bruñó, surpreende. Pela excelência, pela forma e pelo conteúdo. Começa por contrapor o adágio da maturidade consolidada ao estereótipo da frescura superficial, mas nos últimos segundos somos instados, abruptamente, a reconsiderar: o anúncio não incide nem sobre o envelhecimento nem sobre a beleza mas sobre o melão, produto cujas rugas evidenciam qualidade. As mulheres e a beleza funcionam apenas como um pretexto ou uma alavanca. O alvo e a estrela é o melão. Sobram, entretanto, algumas dúvidas:
Por quê tantas mulheres e nenhum homem? Porque o melão tem forma de ovo? Não parece. Porque o binómio maturidade e beleza se conjuga sobretudo no feminino? Por quê o acento no corpo, com tempero de espírito, em vez da tónica no espírito, com tempero do corpo? Na verdade, o melão não deixa de ser uma coisa que, nos antípodas do cachimbo, enferma conotações intelectuais perversas.
Certo é que, ao visionar primeiro a versão inglesa, estranhei que o anúncio não fosse latino. Em particular, espanhol. Será que na publicidade subsiste uma “marca” ou um “toque” nacional? Por exemplo, uma pitada de salero? Registo, de qualquer modo, uma nova associação socio culinária: à feijoada das classes populares, à salada das novas classes médias e ao caviar das classes altas, acrescento o melão da excelsa maturidade feminina. Vislumbro, também, um novo elogio: “És boa como um melão!”
Este anúncio é “una reflexión sobre el paso del tiempo y la #madurez en una sociedad que suele asociar belleza con juventud. / Nosotros, en cambio, pensamos que la #belleza es un concepto mucho más grande. / De la misma forma que conseguir un melón perfecto requiere tiempo y que su corteza llena de estrías esconde un interior sabroso, creemos en la belleza de la experiencia, de lo aprendido y ganado con la madurez, y de todo lo que va más allá de la mirada superficial sobre las cosas y las personas” (Agencia Kids).
O amor pela dúvida

Geniais! O anúncio e o teste. O valor reside na ideia; a técnica acompanha. O teste é duplamente virtuoso: como revelação e como comunicação: cada um convence-se a si próprio.
O que significa o resultado do teste? Herança de uma história que reservou o acesso à notoriedade aos homens? Uma memória coletiva seletiva que retém os nomes masculinos? Por que não, também, uma idiossincrasia pessoal?
Segue o anúncio Supradyn Memory Test, da Supradyn, bem como uma canção muito especial, com uma letra também inspiradora: Les gens qui doutent, de 1974, por Anne Sylvestre.
Les gens qui doutent – Anne Sylvestre (Paroles)
J’aime les gens qui doutent
Les gens qui trop écoutent
Leur cœur se balancer
J’aime les gens qui disent
Et qui se contredisent
Et sans se dénoncer
J’aime les gens qui tremblent
Que parfois ils nous semblent
Capables de juger
J’aime les gens qui passent
Moitié dans leurs godasses
Et moitié à côté
J’aime leur petite chanson
Même s’ils passent pour des cons
J’aime ceux qui paniquent
Ceux qui sont pas logiques
Enfin, pas “comme il faut”
Ceux qui, avec leurs chaînes
Pour pas que ça nous gêne
Font un bruit de grelot
Ceux qui n’auront pas honte
De n’être au bout du compte
Que des ratés du cœur
Pour n’avoir pas su dire :
“Délivrez-nous du pire
Et gardez le meilleur”
J’aime leur petite chanson
Même s’ils passent pour des cons
J’aime les gens qui n’osent
S’approprier les choses
Encore moins les gens
Ceux qui veulent bien n’être
Qu’une simple fenêtre
Pour les yeux des enfants
Ceux qui sans oriflamme
Et daltoniens de l’âme
Ignorent les couleurs
Ceux qui sont assez poires
Pour que jamais l’histoire
Leur rende les honneurs
J’aime leur petite chanson
Même s’ils passent pour des cons
J’aime les gens qui doutent
Mais voudraient qu’on leur foute
La paix de temps en temps
Et qu’on ne les malmène
Jamais quand ils promènent
Leurs automnes au printemps
Qu’on leur dise que l’âme
Fait de plus belles flammes
Que tous ces tristes culs
Et qu’on les remercie
Qu’on leur dise, on leur crie :
“Merci d’avoir vécu
Merci pour la tendresse
Et tant pis pour vos fesses
Qui ont fait ce qu’elles ont pu”
A participação da mulher nos Farrangalheiros de Castro Laboreiro
Brilhantes, os meus colegas publicam em revistas com revisão por pares e fatores de impacto. Preguiçoso, vou vertendo o que escrevo neste blogue. Alimento a ilusão que talvez alcance mais leitores.

Há mais de dois anos que não arrisco uma comunicação em público. O Congresso Internacional Festas, Culturas e Comunidades: Património e Sustentabilidade (Braga, 4-5-6 Maio de 2022) foi uma tentação a que não resisti. A investigação em curso dedicada aos Farrangalheiros, uma tradição carnavalesca de Castro Laboreiro, foi um pretexto. Estava um pouco inseguro pela falta de treino. Ademais, trata-se de uma autoria partilhada, com o Daniel Maciel e a Margarida Codesso, formato que não sou vezeiro. Para partilhar a minha parte, passeia-a escrito.
Por princípio, nunca escrevo uma comunicação antes de a proferir. Receio que o fantasma do texto me tolha a fluência e a espontaneidade, ingredientes do discurso que muito prezo. Felizmente, depressa ignorei o texto e acabei por ultrapassar, para inquietação da moderadora, a escassa dúzia de minutos que me estava reservada. Incontinente verbal, como de costume.
Bem organizado, o Congresso versa sobre um tema oportuno. Não obstante, estranhei a quase ausência de público no auditório. Um punhado de gente, que não compensa o esforço de subir a um estrado arquitetado com barreiras. Pode-se atribuir o vazio à pandemia. De facto, a tendência vem-se acentuando há muito mais tempo. O declínio da interação presencial representa mais uma perda axial do mundo da cultura. Talvez tenha chegado a urgência de reagir.
Antes de acrescentar o rascunho da comunicação, um reparo prévio. A investigação ainda se encontra numa fase inicial. São muitas as inconsistências e as falhas de informação. A ossatura é demasiado tosca, oca e mole. E, sobretudo, passível de emenda, especialmente os nomes e as designações. Motivo reforçado para a expor à crítica alheia.
Em Janeiro de 2021, foi publicado no Tendências do Imaginário, um artigo, com outro teor, dedicado ao tema dos Farrangalheiros de Castro Laboreiro. Pode aceder a partir da seguinte ligação: https://wordpress.com/post/tendimag.com/48685.
A participação da mulher nos Farrangalheiros de Castro Laboreiro Autores: Albertino Gonçalves / Daniel Maciel / Margarida Codesso Melgaço é um concelho que adquiriu, no último meio século, uma rara notoriedade. A autarquia e a sociedade civil não desperdiçam uma oportunidade, tornando a mais ínfima potencialidade num trunfo apreciável. Parece que se inspiram na fábula da ferradura e das cerejas. Acontece com o património histórico, paisagístico e cultural, com o desporto na natureza, a gastronomia, o alvarinho e o fumeiro. Ainda recentemente, de um paralelepípedo granítico, o marco nº 1 da fronteira portuguesa, nasceu um recanto místico; e um apertado rio apressado, o Laboreiro, ascendeu a santuário europeu para a prática do Kayak e do Canyoning. Nesta lógica de valorização do património cultural endógeno, deu-se início em 2017 ao estudo e revitalização das práticas de entrudo. Um dos focos incide na tradição dos Farrangalheiros de Castro Laboreiro, uma festividade carnavalesca do tempo dos bisavós, entretanto abandonada e agora em vias de ser retomada. Na primeira metade do século XX, Castro Laboreiro era um território de montanha, com uma extensa linha de fronteira com a Galiza e extremamente pobre. Testemunham-no, por exemplo, Leite Vasconcelos, Rocha Peixoto e Miguel Torga. A maioria da população mudava de residência: passava o inverno, no vale, nas inverneiras, e o verão, no planalto, nas brandas. Os homens migravam cerca de seis meses, partindo no outono para a Espanha, o Douro ou as Beiras, sobretudo como pedreiros, regressando na primavera. Durante o inverno, a população de Castro Laboreiro era composta quase exclusivamente por mulheres. Homens, muito poucos, sobretudo velhos e crianças. A economia assentava na agricultura, reduzida praticamente à batata e ao centeio, na pecuária, mormente no pastoreio, no comércio local e transfronteiriço, no contrabando e nas migrações. Pouco antes da deslocação para as brandas, festejava-se o “Entroido“. Nalguns lugares, o Entroido incluía a figura dos farrangalheiros, com as mulheres a assumir, em trajo próprio, o protagonismo, protagonismo este que, embora propiciado pela ausência dos homens, se oferece como uma característica marcante e específica. Habitualmente, na vizinha Galiza ou em Trás-os-Montes, o destaque carnavalesco recai sobre os homens, principalmente jovens. Não se trata, é certo, de um caso único, existem outros exemplos noutros horizontes. Representa, contudo, um caso bastante interessante e raro. Em que consiste o Entroido dos farrangalheiros em Castro Laboreiro? Dois ou três lugares contíguos juntavam-se, desdobrando-se a freguesia por vários grupos, que competiam e rivalizavam entre si. Durante o dia, de sábado a terça, esfarrapados e farrangalheiros, assim se chamavam as mulheres trajadas, desfilavam pela freguesia e concentravam-se num ou noutro local, normalmente, numa eira. Havia várias categorias de atores. Em primeiro lugar, os esfarrapados, homens ou mulheres travestidas (o único momento em que vestiam calças). Os esfarrapados andavam de lugar em lugar, de caminho em caminho, de eira em eira. Apareciam inesperadamente, provocavam a desordem e a confusão, “faziam coisas estúpidas”, no dizer das informantes. Achocalhavam, multiplicavam as provocações de gracejo. Vestidos com roupas velhas, esfarrapadas, daí o nome, cobriam o rosto com máscaras ou panos com orifícios. Tão cedo apareciam como desapareciam, a lembrar tempestades de verão. Mulheres, trajadas a preceito, eventualmente acompanhadas por animais, compunham a segunda categoria, porventura a mais emblemática: os farrangalheiros. Com um garruço, um pano bordado a tapar o rosto, blusa, lenços, piúcas, socos… e um saiote vermelho, peça quotidiana de roupa interior, usada entre a saia branca de linho ou a combinação e a saia preta. Que mulheres? Como não é de estranhar, apenas as solteiras, mas, segundo alguns testemunhos, o uso do traje e a participação no Entroido podiam estender-se, em condições semelhantes, às mulheres casadas que, cito, “tinham o homem no eido”. Ou seja, as mulheres cujo marido estava presente. O que não deixa de fazer sentido. Excluem-se apenas as mulheres simbolicamente “assexuadas”, as viúvas, nomeadamente, de vivos, tradicionalmente obrigadas a uma espécie de “clausura” ou “mortificação do sexo”, figuras praticamente intocáveis na cultura castreja. A mulher em Castro Laboreiro é digna do maior respeito, sobriedade e discrição. Por exemplo, durante um baile, o homem que quer pedir namoro a uma mulher limitava-se a dar-lhe um aperto na mão. Ofender uma mulher é um ato grave. Mesmo durante Entroido, o trato com as mulheres tem limites! Para além dos esfarrapados e dos farrangalheiros, participam também no Entroido os velhos e as crianças. Uma última figura é incontornável: o tocador de concertina. De sábado a terça, de dia e de noite, sempre a convidar para o baile. A concertina é o instrumento emblemático dos castrejos. Já, por exemplo, na freguesia vizinha de Parada do Monte o instrumento eleito é a gaita, ao jeito celta e galego. O protagonismo da mulher reflete-se nos rituais e na semiótica dos festejos. O uterino tende a sobrepor-se ao fálico. A pancada do chocalho cede perante o banho de água provocado pela batida da vara, de conduzir o gado, na corga que passa pela eira. E, numa espécie de inversão do rapto das sabinas, são as mulheres que arrastam os velhos para uma folia no centro do baile. O Entroido culmina com a queima de um boneco de palha andrajoso, num local visível de longe, para ofuscar as gentes de outros lugares. Uma catarse purificadora, uma despedida, com fogueira, cânticos, gritos e bombas lançadas pelas crianças. Uma despedida cíclica do desespero e da miséria do inverno. O velho é, assim, esconjurado, afastado por um tempo, com exéquias, danças, exorcismos e estrondos. Um último apontamento acerca do saiote vermelho. Mais do que de um cocktail, trata-se de um shot simbólico. Antes de mais, pela localização. Situa-se no baixo corporal, próximo das entranhas, dos genitais e da terra. Traduz um movimento de rebaixamento e regeneração típico do carnaval. Por outro lado, trata-se de vestuário íntimo. Exterioriza-se o interior, numa emergência do oculto e do contido igualmente típica da dinâmica carnavalesca. Confrontamo-nos, deste modo, com uma dupla inversão: de cima para baixo e de dentro para fora. Por seu turno, a cor do saiote é vermelha. Não será por acaso. O vermelho é solar, é colorido, festivo, símbolo de princípio de vida, de desejo, de sangue, de menstruação, de fecundidade, de fertilidade e esperança. O carnaval é a festa por excelência da regeneração e da fecundidade, da antecipação da abundância, da esperança e da utopia. Mas a cor vermelha não deixa de ser ambivalente. Para além de solar, insinua-se como lunar: significa o interdito, o perigo, o fruto proibido. Na realidade, o carnaval aposta na transgressão de barreiras e fronteiras, no excesso e na exorbitância. A adesão ao ressurgimento dos Farrangalheiros tem-se revelado entusiástica e até, diremos, enternecedora. Mas já não são apenas as solteiras e as “mulheres com homens no eido” que participam. Predominam, como diriam os espanhóis, as “maiores”, rejuvenescidas. Testemunha-o a seguinte galeria de imagens. |
Galeria de imagens

















Congresso Internacional Festas, Culturas e Comunidades: Património e Sustentabilidade. Braga, 4 de Maio de 2022.
Desmascarar o mérito

Muita autoconfiança deve ter uma marca para ousar anunciar que os seus produtos são dispensáveis, ver desejavelmente dispensáveis. A identificação com a marca L’Oréal é induzida pela identificação com a atriz Kate Winslet, com o seu gesto e o seu discurso? Uma aura de autenticidade por contágio? Merecemos…
Virtualidades do menos bom
E quando o menos bom resulta em mais bom… Eis uma equação que palpita nas cabeças pensantes. Neste sentido, costuma dizer-se que existem males que vêm por bem. Neste anúncio japonês da agência Dentsu, um comportamento brutesco quase universal é responsável por uma quase beleza universal. Mas subsistem exceções decisivas…
Estamos no vento

Fluxos e refluxos, eventualmente, alterados. De onde sopram os ventos? Do Oeste? Do Leste? Os seguintes anúncios provenientes de quatro países (Tailândia, Índia, Malásia e China) dão que pensar.
Em Window with view, da SCG Home, a ilusão publicitária externa é substituída pela interioridade do lar; em It’s time to change the equation, da Olay, a desigualdade de género não remete para uma falocracia abstrata mas para a proximidade experiencial comunitária, tendo como agentes o pai, a mãe, os vizinhos, o amigo, a professora, o funcionário; em A spark for change, do RHB Bank, a redenção ecológica de uma civilização incivil não é fruto de uma qualquer organização global mas da soma mimética de um impulso infantil, espontâneo, puro e inocente; e em Meet the OnePlus Buds Z2, da OnePlus, a ficção ocidental à James Bond é parodiada com uma sobrecarga de motivos absurdos e grotescos.
Assistimos a uma ocidentalização do oriente ou a uma orientalização do ocidente? Há quem sustente que o tempo é de orientalização. É plausível. Certo é que, de um ou de outro quadrante, estamos no vento, vento que sopra hoje o amanhã emergente.
Estamos no vento: narrativa literário-sociológica (1974) é o título de um livro de Fernando Namora dedicado às transformações e aos novos movimentos sociais, em particular juvenis, que desafiam o Ocidente. Esta obra, que se propõe sentir a pulsação da sociedade contemporânea, inspirou a minha vocação. Um legado e uma memória que se me afigura não vibrar o suficiente no rodopio da paisagem intelectual portuguesa atual. Pelo menos, vista de onde estou, do meu inconformado miradouro. Representa, porém, uma abordagem lúcida, atenta à mudança, uma brisa de frescura na crista da história.
“A sociedade ocidental está em crise: crise de crescimento, crise de adaptação. As velhas estruturas não suportam já uma mentalidade que, partindo da juventude, dia a dia se impõe e generaliza” (Fernando Namora. Estamos no vento, 1974, da capa do livro).
Regressando ao tema inicial, Fernando Namora releva, há quase meio século, a tendência de “orientalização do Ocidente”. Leia-se, por exemplo, o que escreve na página 190:

Humor sexual
Há duas décadas, eram frequentes os anúncios brejeiros com o sexo como ignição ou pano de fundo. Entretanto, o sexo ressignificou-se, mormente na publicidade. Entre outros aspetos, o secreto tornou-se ostensivo e o ostensivo, discreto. Numa das visitas a arquivos antigos, encontrei este exemplar espanhol.