Tempo para tudo

Ter todo o tempo do mundo pode ser bom!
Ter tempo para tudo talvez não seja pior! Até para tentar tempos alheios. Se os Slow Show lembram Roger Waters, os Elbow lembram Peter Gabriel.
Neil Young. Old Man

Mais música, outro “dinossauro”: Neil Young. Resulta estimulante vê-lo a interpretar “Ohio”, com 73 anos, no concerto Farm Aid de 2018. Não menos impressionante a performance a solo, sem qualquer acompanhamento, oito anos antes, no Farm Aid de 2010. Para concluir, um recuo a 1971: “Old man”, ao vivo na BBC, com 26 anos.
Pequeno desvio

Descobre-se o que não se espera quando e onde menos se espera. Deparei com a música do cantor, instrumentalista e compositor norte-americano Kishi Bashi numa curta-metragem (these little moments matter: https://vimeo.com/369736156). E gostei. Lembra alguns artistas preferidos. Partilho três músicas, duas interpretadas com o Nu Deco Ensemble: I Am the Antichrist to You; Violin Tsunami; e Atticus in The Desert.
(En)canto
Há quem não aprecie os Pink Floyd, embora o grupo tenha passado por fases e criado canções para quase todos os gostos. No que me respeita, representam uma banda presente em momentos marcantes, inaugurais. Juntos pela última vez durante o Live 8, no Hyde Park, em 2005, abriram o pequeno concerto com Speak to me / Breath. Um (en)canto biográfico.
Tangível

Corda a corda, a vida vibra. Seguem três músicas interpretadas pela harpista galesa Catrin Finch.
MDOC – 01-07 agosto: O Mundo em Melgaço
Participo e recomendo.
” Encontro com foco no cinema de não-ficção, o MDOC Festival Internacional de Documentário de Melgaço vai trazer-nos, de 1 a 7 de agosto, o ponto de vista de criadores sobre diferentes realidades e preocupações que atravessam o mundo contemporâneo. O festival pretende promover e divulgar o filme documentário e contribuir para um arquivo audiovisual do território” (http://mdocfestival.pt/pt/mdoc) /
“Organizado pela Câmara Municipal de Melgaço e pela Associação AO NORTE, pretende promover e divulgar o cinema etnográfico e social, refletir com os filmes sobre identidade, memória e fronteira, e contribuir para um arquivo audiovisual sobre o território” (http://mdocfestival.pt/pt/apresentacao).
Carregar na imagem para aceder ao vídeo. Ligar o som.

No limite: The Kills I

“A morte não é acontecimento da vida. Não se vive a morte. / Se por eternidade não se entender a duração infinita do tempo mas a atemporalidade, vive eternamente quem vive no presente. / Nossa vida está privada de fim como nosso campo visual, de limite” (Ludwig Wittgenstein. Tractatus Logico-Philosophicus. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1968, p. 127).
Mudar de música ajuda a mudar de atitude. Tive São João em casa. Quatro em cada cinco jovens admitiram não ter ouvido falar dos The Kills. Este e o próximo posts ser-lhes-ão dedicados. Seguem, por enquanto, duas versões mais despojadas e mais raras, com menos punch e batida do que o duo nos habituou.
Insensibilidade

See Me / Feel Me / Touch Me / Heal me (The Who. Tommy. 1969).
Corpo ausente, câmara fria / Laços líquidos, passos perdidos / Memória leve, exílio forçado / Ponte quebrada, rio seco / Vazio social. Alguém consegue ver, sentir, tocar, cuidar? Always listening to you!
The Who, 43 anos após a estreia da ópera-rock Tommy.