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Tempo para tudo

Ter todo o tempo do mundo pode ser bom!

Rui Veloso. Todo o tempo do mundo. Avenidas. 1998

Ter tempo para tudo talvez não seja pior! Até para tentar tempos alheios. Se os Slow Show lembram Roger Waters, os Elbow lembram Peter Gabriel.

Elbow. Starlings. The Seldom Seen Kid. 2008
Elbow. Grounds for Divorce. The Seldom Seen Kid. 2008. Live at British Summer Time in Hyde Park, London on 8th July 2017
Elbow. One Day Like This. The Seldom Seen Kid. 2008. Live at British Summer Time in Hyde Park, London on 8th July 2017

Neil Young. Old Man

Mais música, outro “dinossauro”: Neil Young. Resulta estimulante vê-lo a interpretar “Ohio”, com 73 anos, no concerto Farm Aid de 2018. Não menos impressionante a performance a solo, sem qualquer acompanhamento, oito anos antes, no Farm Aid de 2010. Para concluir, um recuo a 1971: “Old man”, ao vivo na BBC, com 26 anos.

Neil Young. Ohio. 1984. Solo Trans. Ao vivo no Farm Aid 2018
Neil Young. Ohio. Solo Trans. 1984. Ao vivo no Farm Aid 2010
Neil Young. Old man. Harvest. 1972. Ao vivo na BBC, em 1971

Pequeno desvio

Kishi Bashi

Descobre-se o que não se espera quando e onde menos se espera. Deparei com a música do cantor, instrumentalista e compositor norte-americano Kishi Bashi numa curta-metragem (these little moments matter: https://vimeo.com/369736156). E gostei. Lembra alguns artistas preferidos. Partilho três músicas, duas interpretadas com o Nu Deco Ensemble: I Am the Antichrist to You; Violin Tsunami; e Atticus in The Desert.

Kishi Bashi. I Am the Antichrist to You. 151a. 2011. Interpretado com o Nu Deco Ensemble. New World Center, Miami Beach, FL. 2020.
Kishi Bashi. Violin Tsunami. Omoiyari. 2019. Vídeo oficial.
Kishi Bashi. Atticus in The Desert. 151a. 2011. Interpretado com o Nu Deco Ensemble. Light Box in Miami, FL. 2017.

Programa da Noite dos Medos em Melgaço

La peur est la soeur de l’imagination / O medo é o irmão da imaginação (Roseline Cardinal).

Junto o programa da Noite dos Medos, em Melgaço que inicia as “atividades complementares” no dia 15 de outubro e culmina na noite do dia 29 de outubro.

(En)canto

Há quem não aprecie os Pink Floyd, embora o grupo tenha passado por fases e criado canções para quase todos os gostos. No que me respeita, representam uma banda presente em momentos marcantes, inaugurais. Juntos pela última vez durante o Live 8, no Hyde Park, em 2005, abriram o pequeno concerto com Speak to me / Breath. Um (en)canto biográfico.

Pink Floyd. Speak To Me / Breathe. Dark Side of the Moon, 1973. Ao vivo: Live 8. Hyde Park. Julho 2005.

Tangível

Catrin Finch

Corda a corda, a vida vibra. Seguem três músicas interpretadas pela harpista galesa Catrin Finch.

Catrin Finch – Clear Sky. Tides. 2015. Live at the Llangollen International Musical Eisteddfod 2019.
Catrin Finch – Lisa Lan (Celtic Harp Tune). Annwn. 2010.
John Rutter & Catrin Finch – Meditation. Blessing. 2012.

Discursos da montanha

Em 2021, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, visitou Melgaço por ocasião do MDOC – Festival Internacional de Documentário de Melgaço (ver https://tendimag.com/2022/08/02/a-ave-o-casal-e-a-lapide/). Sábado, dia 6 de agosto, foi a vez do Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva (ver notícia da Rádio Vale do Minho: https://www.radiovaledominho.com/cinema-melgaco-tem-sabido-utilizar-este-recurso-fantastico-reconhece-o-presidente-da-ar/). Na quinta, dia 4, não parei de discursar na montanha: às 14:30 na inauguração de exposição Uma Paisagem Dita Casa, em Lamas de Mouro; ás 16:30 na mesa redonda Quem Somos os que aqui estamos?, em Castro Laboreiro; às 21:00 na apresentação, também em Castro Laboreiro, do documentário Mulheres da Raia, de Diana Gonçalves. No primeiro evento, tive o ensejo de descobrir uma calvície que mal imaginava (ver figura 1). No último, tive o prazer de reencontrar, como parceiro de mesa, o David Barbeito, atual presidente da junta da freguesia de Cristóval, então funcionário da Câmara que, há quase quarenta anos, me ajudou a resgatar os documentos municipais dos séculos XVIII e XIX que se amontoavam espalhados pelo chão numa arrecadação húmida do rés-do-chão junto com as máquinas e os materiais das obras. Muitas escadas subimos e outras tantas descemos, a carregá-los para os armários e as estantes do Salão Nobre e das Finanças. Associaram-se a esta missão o Álvaro Domingues e o Armando Malheiro. Entre os “despojos”, encontrou-se o foral de D. Manuel! Creio que esta iniciativa marcou, pelo menos simbolicamente, o início de uma política cultural sustentada que passou a distinguir o concelho de Melgaço.

MDOC – 01-07 agosto: O Mundo em Melgaço

Participo e recomendo.

” Encontro com foco no cinema de não-ficção, o MDOC Festival Internacional de Documentário de Melgaço vai trazer-nos, de 1 a 7 de agosto, o ponto de vista de criadores sobre diferentes realidades e preocupações que atravessam o mundo contemporâneo. O festival pretende promover e divulgar o filme documentário e contribuir para um arquivo audiovisual do território” (http://mdocfestival.pt/pt/mdoc) /

“Organizado pela Câmara Municipal de Melgaço e pela Associação AO NORTE, pretende promover e divulgar o cinema etnográfico e social, refletir com os filmes sobre identidade, memória e fronteira, e contribuir para um arquivo audiovisual sobre o território” (http://mdocfestival.pt/pt/apresentacao).

Carregar na imagem para aceder ao vídeo. Ligar o som.

MDOC – Festival Internacional de Documentário de Melgaço – 01 a 07 agosto 2022

No limite: The Kills I

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“A morte não é acontecimento da vida. Não se vive a morte. / Se por eternidade não se entender a duração infinita do tempo mas a atemporalidade, vive eternamente quem vive no presente. / Nossa vida está privada de fim como nosso campo visual, de limite” (Ludwig Wittgenstein. Tractatus Logico-Philosophicus. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1968, p. 127).

Mudar de música ajuda a mudar de atitude. Tive São João em casa. Quatro em cada cinco jovens admitiram não ter ouvido falar dos The Kills. Este e o próximo posts ser-lhes-ão dedicados. Seguem, por enquanto, duas versões mais despojadas e mais raras, com menos punch e batida do que o duo nos habituou.

The Kills. The Last Goodbye. Blood Pressures. 2011. Live David Letterman chat show, 2012.
The Kills. Wait. Keep on Your Mean Side. 2003. ‘Echo Home – Non-Electric EP’ released 2017.

Insensibilidade

The Worst Feeling Isn’t Being Lonely, It’s Being Forgotten by David Debono.

See Me / Feel Me / Touch Me / Heal me (The Who. Tommy. 1969).

Corpo ausente, câmara fria / Laços líquidos, passos perdidos / Memória leve, exílio forçado / Ponte quebrada, rio seco / Vazio social. Alguém consegue ver, sentir, tocar, cuidar? Always listening to you!

The Who, 43 anos após a estreia da ópera-rock Tommy.

The Who. See me, feel me, listening to you. Tommy. 1969. Glastonbury Festival 2015.