Ecos medievais

St. Louis Bible Date Paris, France, ca. 1244-1254. Folio 39r

Escutamos e estimamos pouco a música medieval, pelo menos, não tanto quanto vale, na sua originalidade e diversidade em várias áreas:

  • Ancoragem social: religiosa, trovadoresca, popular, mourisca…;
  • Géneros: cantigas, motetos, missas, conductus…
  • Cantos: gregoriano, cantochão, polifónico…
  • Espaços: igrejas, castelos, praças, banquetes, tabernas…
  • Eventos: festas, feiras, procissões, desfiles, bailes, banquetes…
  • Instrumentos: rebecas, cítolas, harpas, vielas, saltérios, alaúdes…
  • Danças: carolas; tripudium, estampidas, saltarelos, folias…
Pieter Bruegel. A dança do casamento. Cerca de 1566. Se o pudor o permitir, arrisco o convite para observar as braguilhas dos homens.

É verdade que, nos nossos dias, réplicas e sucedâneos nos interpelam, intermitentes, nos eventos e simulacros (e.g. as feiras medievais), no cinema (e.g. os filmes de fantasia) ou na música (e.g. o folk  power metal, como os Blind Garden, ou os trovadores contemporâneos, como o Angelo Branduardi). Sublinhe-se que a música medieval é precursora e inspiradora de muitas composições dos séculos seguintes. Atente-se, por exemplo, nas Cantigas de Santa Maria, do século XIII, da corte de Afonso X, escritas em galego-português.

A minha ignorância da música medieval é avassaladora. Felizmente, tem-se manifestado notável o estudo e a recuperação do legado medieval. A ignorância comporta uma virtude para quem prefere descobrir a confirmar: proporciona mais hipóteses de encontrar, com espanto e prazer, por acaso ou pesquisa, novidades, sejam contextos ou obras. Seguem cinco exemplos:

1. Anónimo italiano
2. Moniot de Paris (fl c1250). “Je chevauchoie l’autrier”. Voz: Anne Azéma.
3. Anónimo francês
4. Florentinus
5. Tarantelas

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