Deambulação

Raramente encontro o que procuro. Também não armazeno. Tenho as redes folgadas. Nada como parar de procurar. Deambular pelos labirintos. Andar sem destino com pés estrábicos. Ouvir música, por exemplo. Diferente, de preferência. Cativam-me duas músicas, Qui creavit coelum (anónimo) e Nesciens mater (Jean Mouton), do álbum Christmas Music From Medieval And Renaissance Europe. Para não fechar os olhos, escolho a Adoração dos Pastores, de Caravaggio. Sabe bem reencontrar o que já se tem.