Velocidade pedagógica: o novo futurismo

“Nós estamos no promontório extremo dos séculos!… Por que haveríamos de olhar para trás, se queremos arrombar as misteriosas portas do Impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Nós já estamos vivendo no absoluto, pois já criamos a eterna velocidade onipresente” (Filippo Tommaso Marinetti, Manifesto Futurista, 1909).
A sensação que se desprende do anúncio Never Stop, da Universidade de Aukland, é velocidade, vertigem e futurismo.
O ensino é admirável. Um mundo novo, na era das learning machines. Antes do tempo, sem parar e sempre a subir, até ao pináculo. Educação acelerada, numa sociedade sem fios. Aguarda-se a aprendizagem instantânea: o implante de um chip, com actualizações automáticas, reciclável e sem plástico.
Acrescento, mais por vício do que por virtude, um hino hard rock à velocidade:a música Highway Star, dos Deep Purple (álbum Machined Head, de 1972, que inclui o consagrado Smoke on the water). Canta Ian Gillan que “ninguém lhe rouba a vida porque a guarda no inferno”.
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