Balada marítima. Dormir com as ondas


“Dorme menino
Que aí vem o papão
Comer meninos
Que não dormem, não
(Balada popular, excerto)
No inverno, o mar continua a molhar a areia. Frente à praia, há quem dispense sair do carro. Ajusta-se o assento e toca a dormir. Uma soneca balnear. Junto ao paredão, proliferam os adeptos do sonho ao ar livre. O murmúrio das ondas embala e a humidade do ar descongestiona. Não é mas parece uma nova religião. Perdoem-me, mas vem-me à memória a rumba de Los Payos, Maria Isabel.