A cerveja e o monstro

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“Desejamos a verdade e apenas encontramos incerteza” (Blaise Pascal, Pensées, 401-437). “Todos erram tanto mais perigosamente que cada um segue uma verdade; a sua falta não consiste em seguir uma falsidade, mas em não seguir uma outra verdade” (Blaise Pascal, Pensées, 443-863).

Há quem abuse do verbo lembrar. Lembrar é convocar e, porventura, comparar, sem pagar portagem à verdade. O pensamento respira; não possui a verdade, nem a verdade o possui.

Que lembra o anúncio Face the darkness, da Einstök? Ao meu rapaz acodem-lhe os videojogos. E ilustra com uma cena do Final Fantasy XV (ver vídeo 2). Anúncio e videojogo, ambos lembram um exorcismo. No anúncio, o título, a postura, o monstro, a convulsão cósmica, a garrafa/crucifixo e, por último, a domesticação/humilhação da besta. No videojogo, embora menos evidente, a ameaça e a derrota do monstro mediante uma espada/crucifixo.

Que tem o exorcismo a ver com o nosso tempo? A sua existência não é menosprezável. Pratica-se na substância e exporta-se na forma.

Entretanto, aguarda-se uma nova linha de cerveja: com ou sem baba de monstro.

Marca: Einstök. Título : Face the darkness. Agência : Filakademie Baden-Wurttember. Direcção: Andreas Bruns. Islândia, Setembro 2016.

Final Fantasy XV. Stand together. Novembro 2016.

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