A Folia de Vivaldi
Vi, vezes sem conta, nas aulas, Vivaldi, Un Prince à Venise (2006), de Jean-Louis Guillermou. Um filme pedagógico sobre a vida de Antonio Vivaldi (1678-1741). “O padre vermelho” torna-se famoso e admirado na Europa. Mas nos últimos anos de vida conhece dificuldades, hostilizado por parte do clero, ultrapassado pela moda e criticado por poetas e compositores, entre os quais Goldoni e Marcello. Vivaldi vê-se constrangido a vender parte das partituras e, com 63 anos, deixa Veneza rumo a Viena, onde, passados poucos meses, morre, sendo sepultado numa campa sem nome. A própria música entrou em hibernação. A maior parte do seu repertório foi (re)descoberta nos anos 1920’ e divulgada nos anos 1950’. A vida é assim feita: tudo que sobe pode descer e vice-versa, como as calças de ganga, o rugby, os tacões e os lenços de namorados.
Antonio Vivaldi compôs uma folia, música e dança de origem portuguesa (ver http://tendimag.com/2013/08/02/folia-portuguesa/). Ver e ouvir, na medida do possível, até ao fim.
Antonio Vivaldi. La Folia. Interpretação: Apollos’s Fire
Folia magnífica, sinónimo de vida!
Prezado (as)
Essas histórias sobre Vivaldi estão muito mal contadas. Provavelmente estava em Viena em turnê e para assumir o posto de maestro compositor da corte imperial, mas o destino ceifou o imperador que o admirava; o ceifou logo depois de uma vida de sucesso! O resto é intriga da oposição, pois sua obra foi copiada, estudada e saqueada para vários recantos da Europa. O que restou está seguro na Itália, perincipalmente, e é suficiente para saber que o maior compositor de todos os tempos é Vivaldi
J Sabino