Envelhecimento
“Tudo o que era sólido e estável é abalado, tudo o que era sagrado é profano, e os homens são finalmente obrigados a encarar as suas condições de existência e as suas relações recíprocas com olhos desencantados” (Marx, Karl & Engels, Friedrich, 1848, Manifeste du Parti Communiste, trad. por Laura Lafargue, Paris, V. Giard & E. Brière, Libraires-éditeurs, 1897, minha tradução).
O tempo passa inexoravelmente. Tudo envelhece: os ossos, a vista, os ouvidos, os dentes, os rins, o coração, os pulmões, os músculos, a pele, os cabelos, a memória… Atormentamo-nos com desejos de ontem e recursos de amanhã. Até que um dia, sem dar conta, sentamo-nos num banco do jardim da velhice, a sentir a vida acontecer enquanto acontece. Como nunca.
O desencantamento do fim, acelerado pela voz da razão!