Sociologia sem palavras 5: Brincadeira
Brincadeiras, quem as não teve? O lúdico sobressai como uma componente matricial das sociedades (Johan Huizinga, Homo Ludens, 1938; Alberto Nídio Silva, Jogos, Brinquedos e Brincadeiras, dissertação de doutoramento, Universidade do Minho, 2010). Basta mencionar os jogos e as brincadeiras da infância para um sorriso se pasmar no rosto. Momentos de inocência? Crianças pueris? Estes angelismos são fábulas de adulto. Na realidade, as brincadeiras e os jogos de crianças encerram dimensões perversas.
Jacques Tati capricha em dar tempo ao humor. Um riso sem elipses nem pressas. O sentido do detalhe nos filmes de Jacques Tati lembra os romances de Marcel Proust. Jacques Tati não é ingénuo. Ri dos nossos gestos mais naturais. No filme Mon Oncle, as brincadeiras e os jogos de crianças são claramente endiabrados.
A brincadeira é o tópico principal do quinto episódio da série Sociologia sem palavras. No vídeo, carregar em HD.
Jacques Tati. Mon Oncle. 1958. Versão italiana.
Quando a procura incidia nos poucos recursos!