Com o peixe na boca

Weight Watchers. Treat Yourself Better. Fred & Farid. França, 2012.

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É possível que, no enfiamento da política da língua portuguesa, o fado venha a ser cantado em inglês nos pubs de Lisboa. Esta decisão promoverá a internacionalização, senão a globalização, do fado.

A nível mundial, o português é a quinta língua mais falada e a sexta língua mais utilizada nos negócios. É a língua mais falada no hemisfério sul e a terceira língua da Europa mais falada no mundo. Se não for alterada a política da língua portuguesa, mais tarde ou mais cedo, a língua portuguesa será a segunda língua mais falada em Portugal.

A política da língua é complexa. Não é para asininos como nós. É para predestinados que sabem mandar desde o berço. Um exemplo. Os licenciados por cursos ministrados em língua portuguesa estão a sair do País. Podemos chamar a este movimento uma expiração de cérebros. Fossem os cursos ministrados em língua inglesa e talvez tivessem permanecido em Portugal. Por que motivo importa apostar na criação de cursos ministrados em língua inglesa? É plausível que os alunos estrangeiros inscritos nos cursos ministrados em língua inglesa acabem por se fixar em Portugal. Podemos chamar a este movimento uma aspiração de cérebros. Este é um caso exemplar de uma política de génio: aspirar, em vez de expirar, cérebros.

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One response to “Com o peixe na boca”

  1. Beatriz Martins says :

    Muito se aspira, quando falta a inspiração de sustentabilidade!

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