A relação com a pobreza. Uma questão de palavras

“Conhece-se a ave pelo seu ninho. E pelas palavras o espírito” (Provérbio turco).
Sério e crítico, este texto desvia-se do meu estilo atual. Prefiro propor jovialmente a contrapor categoricamente. Pertenço, porém, a um fórum de cidadania pela erradicação da pobreza e as circunstâncias assim o ditaram. Não se trata, porém, de um olhar sobranceiro e distanciado. A crítica é autocrítica: a linguagem visada é também a minha. O argumento resume-se a uma meia verdade que aspira apenas a despertar alguma reflexão. [Para uma caraterização da figura do crítico, recomendo a leitura do capítulo “Vestir a personagem” do livro A construção da Personagem, de Constantin Stanilavski (1ª edição em 1949, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2001, pp. 35-48), autor que, embora da área do teatro, marcou profundamente a minha formação como sociólogo].
Na parte final do artigo, junto o pdf do referido capítulo, Vestir a Personagem, do livro A Construção da Personagem, de Constantin Stanislavski . Para compensar a austeridade do meu texto, acrescento o filme The Kid, de Charles Chaplin, estreado em 1921. Por último, assumindo o texto como de domínio público, com permissão para descarga e partilha, disponibilizo o respetivo pdf.
As palavras são importantes. Pedem atenção, sobretudo quando designam uma instituição ou um movimento. O valor de uma palavra não se resume à intenção inicial, abrange, também, as interpretações e os usos que suscita, as suas ressonâncias semânticas e práticas. As palavras não dizem apenas a posição de quem as assume, sugerem ou denunciam a sua disposição. E têm efeitos, alguns inesperados e indesejados. Convém cuidar das palavras. Uma simples palavra pode condensar toda uma postura, todo um programa. Recorde-se que as grandes querelas religiosas, políticas, filosóficas e estéticas da história da humanidade gravitaram em torno de “duas ou três” palavras.
Habituámo-nos a expressões tais como anti-pobreza, combate à pobreza e luta contra a pobreza. Quais são os pressupostos inerentes e as consequências plausíveis? O que dizemos quando as pronunciamos e o que fazemos quando as dizemos?

A noção de “luta” implica um protagonista e um antagonista. Neste caso, o alvo é a pobreza. Como a definir e delimitar, dar-lhe corpo e sentido? Pobreza é um substantivo demasiado amplo. Originalmente, aludia à pobreza do solo. Hoje, pode até incluir a pobreza de espírito. Remete para uma privação. Do ponto de vista económico e político, para uma carência de bens (e.g. alimentação) e recursos (e.g. rendimentos) e, eventualmente, para a exclusão social. Embora exista uma aceção absoluta, a “pobreza” é normalmente assumida como uma situação relativa. É-se pobre em comparação com os demais, os ricos e os remediados, abaixo de um determinado patamar, o “limiar de pobreza”, que varia no tempo e de sociedade para sociedade. Se considerarmos, como o convenciona a União Europeia, que uma família pobre é aquela cujo rendimento é inferior a “60% da mediana do rendimento por adulto equivalente de cada país”, então nunca deixará de haver pobres, quando muito pode atenuar-se a “pobreza extrema”.
Segundo os dicionários, a pobreza é um estado e uma classe: um estado a que corresponde uma classe: os pobres. Embora associadas, a pobreza enquanto estado é distinta da pobreza enquanto classe. À semelhança da saúde, em que combater a doença não significa combater os doentes, lutar contra a pobreza não implica lutar contra os pobres. Na melhor das hipóteses, “lutar contra a pobreza” pode até presumir “lutar pelos pobres contra a pobreza”.
A pobreza como classe não constitui um grupo. Não possui textura nem espessura, tão pouco identidade, afinidades e comportamentos próprios. É uma categoria construída a partir de variáveis, indicadores e índices estatísticos. Só assim pode, por exemplo, sustentar-se que, em Portugal, “18,4% das pessoas estavam em risco de pobreza em 2020, mais 2,2 pontos percentuais (p.p.) do que em 2019” (https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=473574196&DESTAQUESmodo=2). As pessoas são rotuladas e medidas, individual, abstrata e isoladamente. O conjunto é heterogéneo, fragmentado e descosido, compondo uma manta de condições, culturas e estilos de vida. O que há de comum entre uma pessoa nascida num bairro social e um novo pobre? Entre imigrantes provenientes de Cabo Verde, de Marrocos, da Ucrânia, da Roménia ou do Brasil? Entre um jovem desempregado urbano e um idoso isolado rural? Entre as diversas etnias? Apetece exagerar defendendo que, não obstante reduzirem-se a um quinto da população, não se desenham menos diferenças entre os pobres do que entre os remediados. Na gíria académica, a perceção da pobreza como uma massa consubstancia dialética a menos e reificação a mais. Este misto de atomização e confusão favorece o risco de desnorte e inadequação na compreensão e nas iniciativas referentes aos mundos da pobreza.

Até agora encaramos a construção da figura do antagonista da “luta”: a pobreza. Cumpre indagar como o recurso a expressões tais como anti pobreza, luta contra a pobreza ou combate à pobreza afeta a relação entre protagonistas (os sujeitos ou promotores da luta) e antagonistas (seus objetos ou destinatários). A noção de luta subentende uma separação das partes extremadas em dois lados opostos: uma “bipolaridade”. Propicia também a focalização no alvo, no segmento visado. Esta separação tende a ofuscar e a enviesar o olhar e a ação com consequências decisivas. Elenquemos alguns riscos:
a) Subestimar a interação existente entre a sociedade e os mundos da pobreza. Se é verdade que existem fatores endógenos, boa parte das causas, dos mecanismos e dos processos geradores, reprodutores e multiplicadores da pobreza residem fora dos seus próprios mundos. Pretender superar ou diminuir a pobreza sem os contemplar representa, no mínimo, uma falácia;
b) A pobreza e a sociedade envolvente não estão apenas interligadas, são interdependentes. Os mundos da pobreza contribuem para sociedade a vários títulos: demográficos, económicos, sociais, políticos, culturais e simbólicos. Menosprezar esta interdependência expõe o pensamento e a ação à parcialidade, à unidireccionalidade, à disfunção e, até, à injustiça;
c) A separação dos intervenientes e a focalização nos mundos da pobreza dificultam a transversalidade, a cooperação, o diálogo e a partilha em todas as fases: diagnóstico, planeamento, mobilização, implementação, avaliação e partilha. Acentua a propensão para agir para e sobre os pobres em vez de agir com eles;
d) A abordagem tende a pautar-se e a ser formulada pela negativa: os pobres não são definidos pelo que são mas pelo que não são, preponderantemente, não têm. Na verdade, os mundos da pobreza encerram realidades consistentes, complexas, heterogéneas e específicas, que ganham em ser equacionadas por si mesmas, de um modo neutro ou positivo. Ilustram-no estudos de autores, tais como Oscar Lewis (Os Filhos de Sanchez, Moraes Editores, 1970) ou Richard Hoggart (As utilizações da cultura, Editorial Presença, 1973), sobre as “(sub)culturas da pobreza”. Basta, porém, um mínimo de interação e convívio com a realidade da pobreza para o comprovar. Assumindo o princípio do relativismo cultural, os padrões, os rituais, as normas e os valores caraterísticos das (sub)culturas da pobreza merecem o mesmo respeito que outras (sub)culturas, por exemplo de classe, étnicas, juvenis ou urbanas. Este lapso no entendimento concorre para o desfasamento e o desperdício de recursos, dinâmicas e potencialidades;
e) Expressões como “anti-pobreza” ou “luta contra a pobreza” enfermam de um efeito de depreciação simbólica da pobreza enquanto classe, cuja carga estigmatizante se acentua no caso da expressão “erradicação da pobreza”. Ousemos colocar o outro na nossa pele: qual seria o sentimento dos professores universitários confrontados com um movimento externo, composto, digamos, por políticos e tecnocratas, que se auto propõe combater e, inclusivamente, erradicar a academia para bem, para a promoção, dos académicos?
f) Lutar contra a pobreza adquire os contornos de uma nova cruzada, tendencialmente maniqueísta, do bem contra o mal. Por mais que esta “missão” transborde de motivação e interesse, para o desígnio específico da diminuição da pobreza assevera-se mais relevante e propositada a humildade do que o empolgamento, especialmente quando alimentado por um cortejo de metáforas bélicas ancoradas num determinado imaginário histórico. A humildade sobressai como uma atitude imprescindível que expressões como combate ou luta contra a pobreza não apadrinham nem estimulam.
“O que nós fazemos pelos pobres é uma gota de água no oceano: mas se o não fizéssemos, se não deitássemos no oceano essa gota, ao oceano faltaria algo, faltar-lhe-ia essa gota” (Madre Teresa de Calcutá).
Esta desconstrução de palavras de ordem tais como anti pobreza, luta contra a pobreza, combate à pobreza e erradicação da pobreza pode revelar-se, na prática, insensata, inconsequente e infundada, fruto de uma hipersensibilidade à receção e aos usos atribuídos às palavras e às denominações. Mesmo na hipótese de lhe assistir alguma razão, não se estará, mais uma vez, a bater com a cabeça contra a parede? Estas expressões são cunhadas e consagradas pelas instituições mais poderosas e influentes do planeta. Com certeza, mas os novelos costumam desfiar-se por uma ponta. E as palavras mestres têm pés de barro. Não faltam exemplos de designações “indiscutíveis” subitamente abandonadas e menosprezadas. Nas últimas décadas, quantos batismos não se sucederam a propósito, por exemplo, da velhice, dos países menos desenvolvidos, do trabalho social ou das orientações sexuais?

A consulta dos resumos de apresentação das “25 maiores organizações dedicadas à luta contra a pobreza” (ver: https://www.humanrightscareers.com/issues/organizations-dedicated-to-fight-poverty/) sugere que, a contracorrente de expressões “clássicas” tais como lutar, combater e erradicar (frequentemente circunscritas à “pobreza extrema”), emergem e consolidam-se formulações alternativas tais como superar (overcome), atenuar (attenuate), apoiar (support), capacitar (empower), melhorar a qualidade de vida (improve the standard of living) e incluir. Chegou, talvez, o momento de adotar expressões mais positivas e pró-ativas (por e não contra) inspiradas num arco semântico distinto: apoio, superação, capacitação, partilha, qualidade de vida, cidadania, dignidade e inclusão social.
Estou a chamar as minhas cabras

Volvidos quarenta anos, reencontrei uma amiga graças ao Tendências do Imaginário e ao Facebook. Publicou livros de poesia. Retenho o poema “Estou a chamar as minhas cabras”, humano e cósmico, um apelo e uma voz das raízes num imaginário que lembra Castro Laboreiro.
estou a chamar as minhas cabras
o dia fecha-se
um canto de pássaro já levanta as sombras
a cancela rangepesa-me o silêncio
por isso chamo as minhas cabrasos aloendros trazem -me aquele aroma
veio a coruja
e os lamentos a açoitar o ventovou chamar as minhas cabras
conto os grãos aligeiro os medos
levo-te na minha cesta
envolto no pão com passas
para oferecer àquele penedosão as águias que já lá vêm
e as colinas tombam
é tudo um segredochamarei as minhas cabras
quando a noite cantar
e trouxer consigo a lenda
dos lobos brandos e montanheirosfoge-me a voz
alongo o ouvido em quebrantoiria chamar as minhas cabras
na ventania errantee a música alisando as fragas
as luas rodopiando
os silvos cortam o ar
chamandosão as minhas cabras
dançando
os montes sulcando à procura de mimfui chamada pelas minhas cabras
a noite abre-se
a memória do mundo ecoou no tempo
e o silêncio viveé uma flor
que chama pelas minhas cabras
elas me levaramno monte me deitarei
eu e as minhas cabras(Almerinda Van Der Giezen)
Galeria de imagens: Caprinos (carregar nas figuras para as destacar).









História de um melro que morreu por ser feliz

Um melro costuma fazer ninho no quintal. Atarefado, tem-se saído bem com os gatos. Pior destino teve “o melro” do Guerra Junqueiro, vítima da vingança do Velho Padre Cura, num extenso conto em verso que o meu avô recitava de cor. Segue a digitalização do poema “O Melro” a partir da segunda edição ilustrada do livro A Velhice do Padre Eterno (1ª edição: 1885). Segue o respetivo pdf,
Quem fala em melros, pode falar em rouxinóis. Porque a opressão e a maldade não têm pouso exclusivo. Ao melro raptaram-lhe os filhos; ao rouxinol da Cantilena de Francisco Fanhais cortaram quase tudo.
Com imagens pode dizer-se muito. Com poucas imagens pode, por vezes, dizer-se ainda mais. Na curta-metragem dos bauhouse, sopra-se no medo e na esperança até que explodem como tiros e bombas. Porque as nossas asas são tão frágeis como as dos pássaros.
Os especialistas do gosto

Quem gosta mais de ti do que tu? Quem gosta mais do que tu gostas? Quem te estuda e prevê? Centros de investigação, empresas de marketing, agências de publicidade, políticos, sociólogos, psicólogos, semiólogos… A missão? Conhecer para seduzir, conhecer para antecipar. Bernard Cathelat e o CCA (institut d’étude des Socio-Styles de Vie)) são um bom exemplo : dedicam-se à cartografia e à infografia dos comportamentos e das tendências sociais. E vendem os resultados (Cathelat, Bernard, Socio-Life Styles Marketing, the new science of identifying, classifying and targeting consumers, Probus Publishing, Chicago, 1994). O livro A Distinção (1979), de Pierre Bourdieu, oferece-se como uma bíblia do estudo dos gostos e dos estilos de vida.
Num catálogo online, os produtos piscam-te o olho, parecem escolhidos a pensar em ti. Numa loja de roupas, há peças que estão à tua espera. Parece bruxedo, uma nova espécie de “feiticismo da mercadoria” (Karl Marx, O Capital, 1867). Jean Baudrillard fala em “estatuto miraculoso do consumo” (A Sociedade de Consumo, 1970). O Youtube sugere alternativas, “expressamente para nós”. Os cookies ajudam. Já dizia a rainha santa Isabel: “são bolachas, Senhor!”. Que conforto haver especialistas capazes de gostar por nós. Nada novo sob o sol da inteligência, trata-se de uma verdade gasta, mais gasta do que as calças de um cowboy. Ferrugem da sociologia litúrgica. Ninguém esconde, ninguém disfarça. O anúncio espanhol ADN, da empresa Adolfo Dominguez, proporciona uma ilustração desinibida. A verdade despida.
“ADN combina dos tipos de inteligencia. Un algoritmo que crea un perfil con tu estilo al completar un test online. Y un equipo de estilistas que saben lo que te queda bien”.
Obrigado mãe por não seres pai

Dividir a humanidade em fatias é um vício divino. Assim se criou o homem e, da sua costela, a mulher. Encarar o diferente como diferente é sensato. Não aceitar a diferença é questionável. Hierarquizar faz parte do jogo político. Na publicidade, tornou-se hábito inferiorizar os homens, mais os seus privilégios, preconceitos e defeitos.
Educar uma criança é uma responsabilidade complexa, por acréscimo imprevisível como o caminho marítimo para a Índia, nos Lusíadas de Camões. É fácil cometer erros.
O anúncio alemão “Danke, dass du nicht Papa bist”, da EDEKA, é, em abstracto, parvo. Não há cúmulos de leviandade e infortúnio. O anúncio é uma procissão de disparates. Convém desvalorizar uns para valorizar outros? Diminuir os pais para festejar as mães? Logicamente, não.
No fim de Maio, volvidas três semanas, a EDEKA publica, agora, para a festa do pai, o anúncio Danke Papa. Não há reparação, mas ironia: Obrigado, Papá, por não seres mãe.
Os anúncios publicitários são produzidos em função dos objectivos por profissionais experientes. Um anúncio polémico, e cómico, pode comportar dividendos de notoriedade à marca. Este não é nem o primeiro nem o último caso.
Supermarket giant Edeka is facing a wave of social media indignation over a Mother’s Day online video clip ridiculing fathers’ parenting skills, with both men and women calling the film “sexist” (…)Since it was posted on YouTube on Sunday, the ad has exceeded a million views, with thumbs-down “dislikes” fastly outnumbering likes (https://www.thelocal.de/20190508/german-supermarket-chain-edeka-slammed-over-sexist-mothers-day-video).
Querer com as velas levar o vento

P. Picasso. Seated Harlequin. 1901.
Longe no tempo, o ancião, longe no espaço, o eremita, ambos vêem de longe o que já viram de perto. “Cansada já a velhice” (Luís de Camões, Os Lusíadas, canto IV, oitava 90), sabem que é insensato “querer com as velas levar o vento” (Luís de Camões, Os Lusíadas, canto IV, oitava 91), bem como é imprudente querer com a técnica levar o mundo. Aos olhos sentados, a técnica corre sempre adiantada em relação a nós, sempre atrasada, em relação a ela própria. O controlo remoto, como no anúncio GPS, recalculando, da BC, é a sua metonímia.
Marca: BC. Título: GPS recalculando. Agência: Delcampo Nazca Saatchi & Saatchi. Argentina, 2010.
Humor e ternura
Humor com ternura é uma combinação abençoada.
Raymond Peynet (1908-1999), desenhador humorístico francês, ficou célebre graças às suas séries com pares de namorados (amoureux).
Para acompanhar a galeria de imagens, um pequeno trecho, Mother’s Journey, de Frédéric Chopin.
Frédéric Chopin. Mother’s Journey.
Desenhos de Raymond Peynet
- Raymond Peynet 01
- Raymond Peynet 02
- Raymond Peynet 03
- Raymond Peynet 04
- Raymond Peynet 05
- Raymond Peynet 06
- Raymond Peynet 07
- Raymond Peynet 08
- Raymond Peynet 09. The Lovers Dream
- Raymond Peynet 10
- Raymond Peynet 11
- Raymond Peynet 12
- Raymond Peynet 13
- Raymond Peynet 14. The Lovers Serenade
- Raymond Peynet 15
- Raymond Peynet 16. Please I want to come.
- Raymond Peynet 17
- Raymond Peynet. Façade.
A Criança e a Mãe
O homem é uma criança: um “eterno bambino”, como dizem os italianos. Um Peter Pan. E a mulher, o que é a mulher? Uma “eterna mamma”? Desde a primeira boneca? Com “música no coração”? Ou talvez não… Vem esta provocação a propósito do anúncio Little Boy, da Volkswagen.
Marca: Volkswagen. Título: Little Boy. Agência: DDB & Tribal Amsterdam. Direção: Vincent Lobelle. Holanda, Maio 2014.
As meninas
Deixei para o fim a avaliação dos trabalhos de Sociologia e Semiótica da Arte, do Mestrado em Comunicação, Arte e Cultura. Avaliar, por vezes, até vale a pena. Sobretudo, quando o mestre se descobre aprendiz. Desafiados a publicar no blogue do curso um artigo dedicado a situações em que uma obra de arte é retomada em diferentes contextos, os alunos corresponderam com trabalhos dignos de partilha. Começo com este artigo sobre As meninas de Velázquez e de Picasso. Para aceder ao artigo, clicar na imagem ou neste endereço: http://comartecultura.wordpress.com/2012/04/26/as-meninas-de-velazquez-e-de-picasso/