A idade das máscaras
O anúncio português Camané, da Mansarda, apresenta-se escorreito no seu preto e branco sóbrio. Um pouco enigmático na sua economia de gestos e palavras. Informei-me. Enigmático continuou. Pois que fique enigmático que não é coisa ruim.
“A MANSARDA pretende ajudar os profissionais que estão ou estiveram, durante uma parte significativa da sua vida profissional, ligados de forma principal ao mundo da língua, da arte e da cultura portuguesas e especialmente às artes performativas” (http://mansarda.pt/missao/).
“O spot da MANSARDA, que começará a ser divulgado ainda em Dezembro, pretende chamar a atenção para a necessidade de cuidar e valorizar os artistas nacionais, não apenas no auge das suas carreiras mas ao longo da sua vida (http://mansarda.pt/004garage/)”.
“A velhice não se mascara” (mote da campanha).
Cliente: Mansarda. Título: Camané. Agência: 004. Produção: Garage. Direcção: Ernesto Bacalhau. Portugal, Janeiro 2017.
Quando me sinto enigmado, gosto de ouvir o Rodrigo Leão, mesmo cantado em francês. O que é raro no País: nem compositores, nem interpretes. Acode-me a Amália. Muito cantou em francês e em França. Canções portuguesas e francesas. Seguem três canções: Um clássico da canção francesa, La vie en rose (1960); uma composição espanhola, cantada por uma portuguesa em francês, Aranjuez, mon amour (1967); e um fado em francês, Aïe Mourir pour toi (1960).
Rodrigo Leão. Jeux d’amour. Álbum Cinema. 2004.
Amália Rodrigues. La vie en rose. 1960.
Amália Rodrigues, Aranjuez, mon amour. 1967.
Amália Rodrigues. Aïe Mourir pour toi. 1960.