Televisão
A televisão é excelente para fechar os olhos. Discursos repetitivos, parciais e alinhadas. A televisão é boa para fechar os olhos e ouvir a música. Detesto catequeses, televisivas ou outras. Sou um ingrato do maná digital. Prefiro um Mozart a um milhão de jornalistas, convidados e moderadores.
Wolfgang Amadeus Mozart. Piano Concerto No. 21 – Andante. 1785. Intérpretes: Sir Colin Davis; Alicia De Larrocha.
Rodrigo Leão. Ruínas. Theatrum. 1996.
Ryuichi Sakamoto

Não é quando temos força que precisamos ser fortes.
Ryuichi Sakamoto é um músico, compositor, produtor e ator japonês radicado em Tóquio e em Nova Iorque. Colaborou com Rodrigo Leão.
Ryuichi Sakamoto. Put your hands up. Ryuichi Sakamoto: Playing The Piano 2009 Japan.
Ryuichi Sakamoto. energy flow. BTTB 20th Anniversary release. 1999.
Rodrigo Leão. Rosa. Cinema. 2006. Com Rosa Passos e Ryuichi Sakamoto.
O mundo

“Quem tem uma mãe tem tudo / Quem não tem mãe não tem nada” (Zeca Afonso. Minha Mãe, Baladas e Cancões, 1964).
Não me entusiasma a mobilização para a internacionalização. Tão pouco a obsessão pelo rótulo internacional. Aprecio, no entanto, a internacionalidade. Mas mais do que ouvir, em Portugal, que o Fernando Pessoa, a Amália Rodrigues ou o Rodrigo Leão são internacionais, prefiro ouvir em Paris, em Roma ou em Berlim que são portugueses. Não é apenas uma questão de perspetiva. Não é preciso desaninhar nem acumular milhas para se internacionalizar. Basta fazer obra internacional. Existem instituições altamente responsáveis que pensam de outro modo.
“«O Mundo» é uma compilação lançada internacionalmente em 2006 por Rodrigo Leão”.
No teu olhar se perde o meu

Separar-se sem partir; partir sem se separar. Há fados assim (AG).
Gosto do Rodrigo Leão e da Ana Vieira. Mas hesito. Em Portugal, quem não os conhece? Reconsidero. Em termos de receção, este blogue não é lusitano. Oito em cada dez visitas provêm do estrangeiro. Dedico-lhes música, voz e poesia. Dedico-lhes um País.
A idade das máscaras
O anúncio português Camané, da Mansarda, apresenta-se escorreito no seu preto e branco sóbrio. Um pouco enigmático na sua economia de gestos e palavras. Informei-me. Enigmático continuou. Pois que fique enigmático que não é coisa ruim.
“A MANSARDA pretende ajudar os profissionais que estão ou estiveram, durante uma parte significativa da sua vida profissional, ligados de forma principal ao mundo da língua, da arte e da cultura portuguesas e especialmente às artes performativas” (http://mansarda.pt/missao/).
“O spot da MANSARDA, que começará a ser divulgado ainda em Dezembro, pretende chamar a atenção para a necessidade de cuidar e valorizar os artistas nacionais, não apenas no auge das suas carreiras mas ao longo da sua vida (http://mansarda.pt/004garage/)”.
“A velhice não se mascara” (mote da campanha).
Cliente: Mansarda. Título: Camané. Agência: 004. Produção: Garage. Direcção: Ernesto Bacalhau. Portugal, Janeiro 2017.
Quando me sinto enigmado, gosto de ouvir o Rodrigo Leão, mesmo cantado em francês. O que é raro no País: nem compositores, nem interpretes. Acode-me a Amália. Muito cantou em francês e em França. Canções portuguesas e francesas. Seguem três canções: Um clássico da canção francesa, La vie en rose (1960); uma composição espanhola, cantada por uma portuguesa em francês, Aranjuez, mon amour (1967); e um fado em francês, Aïe Mourir pour toi (1960).
Rodrigo Leão. Jeux d’amour. Álbum Cinema. 2004.
Amália Rodrigues. La vie en rose. 1960.
Amália Rodrigues, Aranjuez, mon amour. 1967.
Amália Rodrigues. Aïe Mourir pour toi. 1960.