O Toque da Morte
“Mas o grande desequilibrador deste funambulismo coletivo é, naturalmente, a morte. Afastamo-la do claustro para o cemitério, do centro para a periferia, da rua para o ecrã, sempre com ela ao colo (Thomas, Louis-Vincent, Civilisation et divagations. Mort, fantasmes, Paris, Payot, 1979). Entre 1960 e 2011, a esperança de vida de um português subiu de 60,7 para 76,7 anos e a esperança de vida de uma portuguesa de 66,4 para 82,6 anos. Cerca de 16 anos! Já há quem “declare morte à morte” (Alexandre, Laurent, La mort de la mort, Paris, JC Lattès Editions, 2011). Entretanto, a morte espera, dança e ri, como nos quadros de James Ensor, Otto Dix e George Grosz. “A morte agarra aqueles que lhe fogem”, terá dito Horácio” (AG, Qualidade de Vida, aguarda publicação no ComUM online).
Anunciante: UNICEF Sweden. Título: The sound of Death. Agência: Forsman & Bodenfors. Direcção: Torbjörn Martin. Suécia, Abril 2015.
Recusar a morte é um começo, ainda que ela agarre!