Gatos Músicos
À minha gata, que tem quatro patas e um rabo.
Esfíngico, o gato é um misto de sabedoria, astúcia e mistério. A exemplo de Garfield, é um especialista em sonho e hedonismo. Mascote predilecta do poder, o gato é associado ao oculto, à bruxaria e à superstição. Maléfico, chega a ser temível (e.g. “O Gato Preto” de Edgar Allan Poe). Do ponto de vista simbólico, o gato é complexo e ambivalente. Acrescente-se, para complicar, a figura do gato músico, tão comum e apreciada nas iluminuras medievais. Tendências do Imaginário já contemplou o burro músico (http://tendimag.com/2012/11/20/o-burro-e-a-harpa/). É a vez do gato!

06. Book of Hours, Cat beating cymbal, from a marginal cycle of images of the funeral of Renard the Fox, Walters Manuscript W.102, fol. 78v detail.
Os gatos, simples amostra, da ambivalência muito antes da modernidade líquida!