Genesis
Lembra-se dos Genesis? Sofreram um apagão? Não sei, acontece. Para ouvir os Genesis, enfio os auscultadores e fecho os olhos. Para afastar o ruído. A solidão pode ser boa companheira. Nestas condições, não dá para saber se houve apagão. Os Genesis foram um caso à parte na história da música. O álbum The Lamb Lies Down on Broadway subiu, em 1974, o escadório das sete virtudes. E abriram caminho por entre os Rolling Stones, os Pink Floyd, os Deep Purple, os Moody Blues, os The Who, os Yes…
Nesta interpretação ao vivo de I Know What I Like, uma canção “fácil de entender”, os Genesis ainda incluíam Peter Gabriel, conhecido pelas suas bizarrias, sobretudo, no início das músicas. Receio que esta canção, contanto popular, não faça justiça aos Genesis. Acrescento The Carpet Crowlers (The Lamb Lies Down on Broadway, 1974), que também não lhes faz justiça.
Em 2010, apresentei a comunicação “A diabolização da experiência: O trágico e o grotesco nos vídeos musicais”, no Colóquio Internacional Do Sagrado na Arte: Música Sacra Contemporânea. Escolhi quatro vídeos: Air – How does it make you feel; Damien Rice – 9 crimes; Gotye – Hearts a mess; e, por último, Peter Gabriel – Mercy Street (So, 1986), uma obra subtilmente trágica.
Genesis. I know What I Like. Selling England By The Pound. 1973. Ao vivo, entre 1973 e 1975.
Genesis. The Carpet Crowlers. The Lamb Lies Down on Broadway. 1974.
Peter Gabriel. Mercy Street. So. 1986.