Aldeia submersa
“Não compreendemos as ruínas antes de nos tornarmos ruínas nós mesmos” (Heinrich Heine. Poésie et prose: portrait et notice bibliographique. Paris. Mercure de France. 1906).
A aldeia de Aceredo, em Lobios, na Galiza, junto à fronteira com Portugal, foi alagada pelas águas do rio Lima por motivo da construção de uma barragem para aproveitamento hidroelétrico. Os residentes foram expulsos de suas casas e propriedades em 1992. Segue um artigo procedente da página Orgullo Galego (https://www.facebook.com/orgullosergalego). Vinte anos antes, em 1972, a aldeia de Vilarinho da Furna, no concelho de Terras do Bouro, conheceu destino semelhante, afundada pelas águas do rio Homem (ver Vilarinho da Furna: Imagens de uma morte adormecida: https://tendimag.com/2012/04/07/vilarinho-da-furna-imagens-de-uma-morte-adormecida/).
…e dez anos antes do alagamento da aldeia da Luz pelas águas da grande represa de Alqueva. Mas aqui sem qualquer esperança daquele consolo que em
Vilarinho da Furna e em Aceredo é proporcionado aos “deslocados” e suas descendências aquando de episódicas mínguas de água, Como se fora uma “dádiva” a avaliar pela solenidade que revestem aquelas procissões de visitantes observáveis logo que surgem as condições propiciadoras.
Ref à aldeia da Luz:
https://doi.org/10.31447/as00032573.2018226.18 issn online 2182-2999 …
Por certo recordar não é viver, mas sempre ajuda.
Abraço
Fernando M