Virar costas a Castela

Virar costas à latinidade não traz bom vento. Insensatez de Estado, cenoura do povo e oportunismo do resto.
Conhece Angelo Branduardi? Não? E a Billie Eilish? A cereja no bolo do terceiro milénio é a avaliação assente na ignorância electronicamente ruidosa. O Angelo Branduardi é uma espécie de José Afonso da Itália. Ao prestar-lhe atenção, paramos, por um momento, de coçar o mainstream. Boiar na corrente é cómodo, mas nada pessoal. Sem cabeça, coração e estômago, com raízes gastas, sob uma tempestade de gadgets e emblemas, arriscamos o excesso semiótico e o distúrbio gastro-identitário.
Viramos costas à latinidade com o freio nos dentes. Afigura-se estúpido desvalorizar o que somos.