Sociólogo e artista

herve-fischer

“Há, hoje, no planeta, mais códigos de barras, emblemáticos da nossa sociedade de controlo e de consumo, do que houve cruzes durante todos os séculos da cristandade “ (Hervé Fischer).

O meu colega José Neves lembrou-me Hervé Fischer, um sociólogo artista. Foi meu professor na Sorbonne, nos anos setenta. Agradeço-lhe levar-nos a grandes exposições internacionais de arte na véspera da inauguração. Dialogávamos com as obras e com os artistas. O mesmo sucedia com as performances. Ainda hoje, tento fazer, embora a outra escala, algo semelhante com os alunos. Hervé Fischer contribuiu para a minha deriva para a sociologia da arte. Aprendíamos, criticávamos, tomávamos café, partilhávamos experiências. Com o Hervé Fischer, tal com os outros professores. Aprende-se sempre com um professor. A menos que sejamos uma esponja: enche, aperta-se e não fica nada. Neste tempo de rankings, programação “numerológica” e “desliberalização” liberal, há alunos que não sabem o nome dos professores! É a desmaterialização, estúpido! No meu tempo de estudante entrava na universidade por uma praça, agora entra-se na universidade por um site.

Acerca da biografia, obra artística e bibliografia de Hervé Fischer, sugiro a consulta da sua página na Internet: http://www.hervefischer.com/.

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