Rilke e Rodin no Pinheiro de Natal

O menino Jesus trouxe-me uma prenda. Não, não foi o Pai Natal! Foi o menino Jesus, o Pai Natal não se lembrava de uma prenda assim: um livro do Rainer Maria Rilke sobre Auguste Rodin. Em Paris, Rodin era meu vizinho. O museu, claro! Foi o museu que mais frequentei. Para agradecer ao menino Jesus ter-se lembrado de mim, seleccionei uma meia dúzia de citações e de esculturas de Auguste Rodin, o escultor que deu sentimento à matéria e vida às formas.

“Todas as obras-primas têm este carácter misterioso. Nelas encontramos sempre alguma vertigem.”

Auguste Rodin, O Grito, c. 1886

“As belas obras, que são o mais alto testemunho da inteligência e da sinceridade humanas, dizem tudo o que se pode dizer sobre o homem e sobre o mundo, e, assim, fazem-nos compreender que há nelas alguma coisa que não nos é possível conhecer.”

Auguste Rodin, Iris – Mensageira dos Deuses, 1895

“Tentei sempre dar expressão aos sentimentos interiores através da mobilidade dos músculos.”

“Quando um bom escultor molda um torso humano, não está a representar apenas os músculos, mas a vida que os anima,… mais do que a vida,… a potência que os configura e lhes comunicou seja a graça, seja o vigor, seja o charme amoroso, seja a fugosidade indómita”

Auguste Rodin, Danaide, 1885

“O que se designa habitualmente por fealdade na Natureza pode revestir-se de uma grande beleza na Arte.”

Auguste Rodin, A Velha Cortesã, 1887

“Não invento nada, redescubro.”

Auguste Rodin, Grande Mão de Pianista, n.d.

Tags: ,

One response to “Rilke e Rodin no Pinheiro de Natal”

  1. Nelson Zagalo says :

    Só o visitei uma vez, mas é brutal, literalmente brutal. A escultura é uma arte que me impressiona muito, quando comparada à pintura, o seu poder está muito além, e não sei bem explicar porquê.

Leave a Reply

%d bloggers like this: