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Períodos de insónia

Libresse/Bodyform. Periodsonia. 2022

A menstruação revela-se como um dos principais pretextos, materiais e simbólicos, da dominação masculina. A este respeito, falta percorrer um longo e espinhoso caminho, mormente ao nível do imaginário. A Libresse, Bodyform no Reino Unido, tem ousado alguns passos. No anúncio Blood Normal (2017), é a primeira marca a assumir o vermelho do fluxo menstrual, rompendo com a tradição, sublimada, em azul ou verde: “periods are normal. Showing them should be too” (ver Coisa Ruim: https://tendimag.com/2017/10/26/coisa-ruim/). No ano seguinte, 2018, o esplêndido, desinibido e divertido anúncio Viva la Vulva empenha-se na valorização estética da genitália feminina (ver Vulvas e Pirilaus: https://tendimag.com/2018/12/04/vulvas-e-pirilaus/).

O anúncio #Periodsomnia, uma peça de “arte digital” impressionante, prossegue a campanha, “que visa erradicar tabus e vergonha em torno das experiências íntimas das mulheres”, agora com incidência empática nas consequências quotidianas da menstruação, designadamente ao nível da qualidade do sono: “Uma nova pesquisa conduzida pela Libresse revela que, em média, as mulheres perdem 5 meses de sono ao longo da vida devido ao desconforto, à ansiedade e ao medo noturnos durante o período”. Trata-se de mais um caso de uma iniciativa de sensibilização motivada por um interesse próprio bem interpretado. Registe-se, por último, a tendência para o recurso a dados estatísticos para sustentar as mensagens de consciencialização.

Marca: Libresse. Título: #Periodsomnia. Agência: AMV BBDO, London. Direção: Kim Gehrig. Reino Unido, julho 2022.

Einstein superstar

Avatar de Albert Einstein. Smart Energy. Einstein’s Bath. 2021

Por que será que Albert Einstein adquiriu tamanha popularidade assumindo-se como um expoente de celebridade do século XX? Se refletirmos um pouco, talvez “não houvesse necessidade”! Proponho esta questão como desafio.

Carregar na imagem seguinte para aceder ao vídeo do anúncio Einstein’s Bath em alta resolução.

Anunciante: Smart Energy. Título: Einstein’s Bath. Agência: AMV BBDO, UK. Produção: The Mill. Reino Unido, Maio 2021.

Comentário do anúncio Einstein’s Bath

“Brief: To re-create Einstein in photoreal CG as a part of Smart Energy’s campaign to encourage consumers to ‘join the energy revolution’by switching to eco-friendly smart meters.

Approach: After an extensive period of research and development sourcing a vast amount of archival material to help build Einstein, The Mill teamed up with DI4D to capture the actor John Guerrasio’s performance and scan a library of facial expressions. This library was then used as a base to recreate John’s performance before every expression was further elevated into a truly lifelike representation of Einstein, with painstaking detail going into making sure every shot was perfect. After 12 months of R&D, modeling, texturing, grooming, lighting, animation, comping and tweaking we were able to deliver the final photorealistic digital Einstein in all its glory.

Impact: A detailed photoreal digital version of Albert Einstein showcased in a 30-second long mind-blowing commercial. Total engagements: 7.3 million. An uptick in online mentions of Smart Energy by 647% compared to the previous quarter. Twitter impressions: 247K.

We always knew Albert Einstein was smart. So it’s no surprise to find him explaining why smart meters help to keep Britain green in the new Smart Energy campaign. We just didn’t expect him to be doing it from his own bathtub while scrolling through Instagram…

The Mill were tasked by AMV and Smart Energy with the hugely ambitious task of creating a digital version of Einstein. We crafted a unique and groundbreaking visual effects pipeline in order to create an avatar that was truly convincing. Our visual effects team, including facial shape experts, spent months researching and developing a robust toolset so we could convincingly portray the nuances of Einstein’s personality. We used cutting-edge 4D volumetric capture technology to capture the performance of an actor. This was then used to re-create subtle facial performances and intricate details in CGI.

“This was definitely a first for The Mill. Although we have tackled digital human creation in the past, it would be fair to say it hasn’t been done at this level before. This project presented us with so many technical and artistic challenges which would have been difficult in normal circumstances let alone doing it all remotely during a pandemic! We’ve been lucky to have some of the world’s most incredible talent working on this project – amongst the best in their field. We’ve loved every minute of it!” (Alex Hammond, A Photoreal CG Einstein for Smart Energy: https://www.themill.com/work/case-study/creating-a-photoreal-cg-human-for-smart-energys-einstein-knows-best/. Consultado em 29/04/2022.

The Making of

Geração e criação

Fernando – O Grove

Um filho gera-se, não se cria (inspirado em C.S. Lewis: “uma pessoa gera um filho, mas cria uma estátua” – Cristianismo puro e simples, Vida Melhor Editores, 2017, p. 211)

Sociólogo da arte, da cultura e dos estilos de vida, interesso-me pelos gostos partilhados pelas pelos indivíduos, na senda de autores tais como Norbert Elias, Erwin Panofsky, Howard S. Becker, Paul-Henry Chombart de Lauwe, Roland Barthes, Jean Duvignaud, Umberto Eco, Jean Baudrillard, Pierre Bourdieu e Bernard Cathelat.

Ensaiar acertar no gosto desta ou daquela pessoa é um dos meus desportos favoritos. Mas nem sempre é óbvio. Existem, porém, aves especiais. Oferecer-lhes algo que apreciem é um desafio. Dedico estas duas músicas, da compositora inglesa Imogen Holst (1907-1984) e do compositor japonês Tôru Takemitsu (1930-1996), a uma dessas raras aves do paraíso.

Tōru Takemitsu – November Steps for Biwa. 1967. Charles Dutoit & NHK Symphony Orchestra Salzburg Festival 2013. Biwa: Kakujo Nakamura; Shakuhachi: Kaoru Kakizakai.
Imogen Holst – The fall of the leaf. 1963. Intérprete: Steven Isserlis. A fly on the wall. 2016.

Música mecânica

Existem anúncios em que pelo menos parte da banda sonora “musical” provém dos conteúdos. Seguem dois exemplos da Honda: The Motor Song e The Cog. Este último afirma-se como um marco na história da publicidade.

Marca: Honda. Título: The Motor Song. Agência: Publicis. Direção: Carina Mazarotto, Ricardo Sant ‘Anna. Brasil, julho 2021.
Marca: Honda. Título: The Cog. Agência: Wieden + Kennedy. Direção: Antoine Bardou-Jacquet. Reino Unido, 2003.

A BBC em Lamas de Mouro e Pomares (Melgaço)

Discovering Portuguese. BBC.

ENCONTREI! Encontrei, finalmente, imagens das filmagens da BBC, no início de setembro de 1987, dedicadas à pastorícia em Lamas de Mouro e à feira de gado cavalar e muar, em Pomares. Integram o terceiro episódio da série Discovering Portuguese, dedicada ao ensino da língua portuguesa. As sequências são poucas e breves.

Cumpriu-me, a pedido de Mário Alves, ser o anfitrião: selecionar e contatar previamente as pessoas, escolher as atividades, os locais e os percursos. Veio uma equipa com uma dezena de profissionais. Cada pessoa entrevistava assinava os direitos e recebia uma quantia em dinheiro. Durante as filmagens, só atrapalhei. No episódio da passagem do gado na ponte de Lamas de Mouro, coloquei-me do outro lado a distância, aparentemente, mais que prudente. Mesmo assim, as cabras e as ovelhas, ao ver-me, estacaram. Nem para a frente, nem para trás. Foi preciso recuá-las e voltar a filmar. A manhã foi suficiente para acabar o trabalho. Almoçámos no restaurante Mané, em Monção. Durante a viagem, a Roberta Fox, apresentadora no vídeo, fez-me companhia no meu carocha 1500 cor-de-laranja, que tinha o vício, para além da gasolina, de, sempre que travava, guinar para a direita. A carta de condução ainda estava fresca. E ela estava com pressa. À tarde, iam filmar a festa de Nª Senhora da Bonança, em Vila Praia de Âncora. Acredito que esta viagem foi a maior aflição da sua estadia em Portugal.

Logo no início do vídeo, aparece a passagem do gado na ponte de Lamas e a feira do gado em Pomares, e, a partir do minuto 19’, a reunião do gado proveniente de várias cortes, característica da vezeira, e a entrevista à pastora. É pouco, mas sempre é uma ponta por onde se pode pegar para tentar aceder a outras partes então gravadas.

Este documentário não vale apenas pela presença de Lamas de Mouro e Pomares. Vale também pelas imagens de outras terras do Norte de Portugal e pelos testemunhos, entre outros, de José Saramago, após a publicação da Jangada de Pedra (1986), e Mário Soares.

BBC Discovering Portuguese 03. By Alan Freeland, Terry Doyle (Editor). BBC, 1987.

Demasiado velho para morrer

Jimmy Page & Robert Plant.

De bengala, recomeço, pouco a pouco, a andar. Não me sinto com disposição para música Indie. Apetece-me rock puro e duro, to old to die. Por exemplo, o Jimmy Page, com Robert Plant, ambos dos Led Zeppelin. Seguem três músicas ao vivo: No Quarter; Since I’ve Been Loving You; e Whole Lotta Love (com uma breve introdução).

Jimmy Page & Robert Plant. No Quarter. Ao vivo: London, England – Shepard’s Bush Empire, 1998.
Jimmy Page & Robert Plant. Since I’ve Been Loving You. Ao vivo: Jimmy Page and Robert Plant Unledded with the London Metropolitan Orchestra, 1994.
Jimmy Page & Robert Plant. Whole Lotta Love. Ao vivo: Butzweiler Hof – Cologne. 1998.

James Patrick Page OBE (Heston, 9 de janeiro de 1944) é um músico, produtor musical e compositor britânico que alcançou sucesso internacional como guitarrista da banda de rock Led Zeppelin.

Começou sua carreira como músico de estúdio em Londres e, em meados da década de 1960, tornou-se o guitarrista de sessão mais procurado na Inglaterra. Foi membro dos Yardbirds de 1966 até 1968, e posteriormente fundou o Led Zeppelin, em 1968.

Page é amplamente considerado como um dos maiores e mais influentes guitarristas de todos os tempos.[1][2][3] A revista Rolling Stone descreveu-o como o “pontífice do poder dos riffs”, sendo escolhido em enquete em terceiro lugar na lista dos “100 Maiores Guitarristas de Todos os Tempos”. Em 2010 foi classificado em segundo lugar na lista dos “50 Melhores Guitarristas de Todos os Tempos”. Ele foi introduzido duas vezes no Rock and Roll Hall of Fame: uma como um membro dos Yardbirds, em 1992, e uma segunda vez como um membro do Led Zeppelin, em 1995. Page foi uma inspiração para o estilo de guitarra descendente do guitarrista Johnny Ramone, dos Ramones.[4] Ramone descreveu Page como “provavelmente o maior guitarrista que já existiu”. Page foi descrito pela Uncut como “o maior e mais misterioso herói da guitarra no rock”. A revista Los Angeles Times considerou Jimmy Page como o segundo maior guitarrista de todos os tempos (Wikipedia – Jimmy Page: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jimmy_Page).

Canção da morte do século XXI

Charlotte Gainsbourg.

Charlotte Gainsbourg sai ao pai: surpreende. Melodias viscerais. A primeira canção, Le chat du Café des Artistes, parece um testamento fúnebre, com momentos de arrepiar. A segunda,  Heaven Can Wait, também se perde nas profundezas do outro mundo.

Charlotte Gainsbourg. Le chat du Café des Artistes. IRM. 2009.
Charlotte Gainsbourg. Heaven can wait. IRM. 2009.

Sensibilidades da sensibilização

NABS.

Desde sempre conotada com a área da economia, a publicidade tornou-se refém da sua própria vitalidade neste campo. Contudo, o seu contributo no domínio das questões sociais e ambientais tem vindo a aumentar. E parece não existir, ainda, um espaço de reflexão e de legitimação. Apesar disso, a publicidade de carácter social tem-se desenvolvido na directa proporção de questões como o marketing social e a responsabilidade social das empresas, temas de crescente actualidade no espaço comunitário e mundial (Sara Teixeira Rego de Oliveira Balonas, A publicidade a favor de causas sociais. Evolução, caracterização e variantes do fenómeno em Portugal. Tese de Mestrado Ciências da Comunicação. Novembro, 2016).

01. Marca: Banco Espírito Santo. Título: BES Ronaldo – Conta Rendimento CR 3,25%, Agência: BBDO Portugal. 2009.

A publicidade de carácter social, de sensibilização, conhece um franco crescimento. Nas duas vertentes: uma primeira que envolve a “responsabilidade social” das empresas, em que a marca se associa à causa social,  e uma segunda que se cinge apenas às causas sociais propriamente ditas. Em ambas as modalidades, sobressai o recurso à fantasia (e.g. animação, ficção, objetos ou animais) ou à “idolatria” (e.g. estrelas do desporto, da comunicação social ou do espetáculo). Apostam na adesão estética, emocional e, em particular, não-lógica. Por ação não-logica, entende-se (Vilfredo Pareto, Tratado de Sociologia, 1916) a prática que consiste em recorrer a uma sumidade num dado domínio como referência noutro a que é alheio, por exemplo, um astro de futebol como conselheiro da bolsa. O princípio é simples: se uma pessoa é boa numa esfera espera-se que o seja nas demais. Na linguagem da literatura de fantasia, trata-se de uma transferência da aura do ídolo, por exemplo, do Cristiano Ronaldo, o máximo em tudo, para o produto, por exemplo, o Banco Espírito Santo (ver anúncio 1).

Os anúncios com figuras públicas comportam o risco de resultar mais notório o embaixador do que a embaixada, de a figura que dá a cara ofuscar tanto a campanha como o produto ou a entidade promotora. Atente-se na conclusão deste estudo realizado pela NOVADIR, em 2007:

“Segundo esta sondagem realizada pela Novadir, a campanha de sensibilização “O Cancro da Mama no Alvo da Moda” (promovida pela Associação Laço com o apoio da Roche e da Lanidor e envolvendo diversas figuras públicas) e a campanha “Sensibilização para Deixar de Fumar com Diogo Infante” (promovida pela Pfizer e Sociedade Portuguesa de Pneumologia), são claramente as mais recordadas, quer pela classe médica quer pela população.

A campanha “O Cancro da Mama no Alvo da Moda” é a mais recordada espontaneamente, obtendo um índice de recordação similar quer junto da população quer junto da classe médica (15%). Já a campanha “Sensibilização para Deixar de Fumar”, a 2ª campanha mais recordada, obtém um índice de recordação espontânea consideravelmente mais elevado junto da classe médica do que junto do público em geral (14% e 8%, respectivamente, recorda-se desta campanha).

A campanha “Passa a Palavra”, que visa sensibilizar a população em geral para o cancro do colo do útero (doença que vitima anualmente cerca de 15.000 mulheres na Europa e 378 mulheres em Portugal), também protagonizada por uma figura pública (Júlia Pinheiro) tem um nível de recordação espontânea de 8% junto dos médicos inquiridos, enquanto que este índice é de 4% para a população geral (…)

São várias as “figuras públicas” que no dia-a-dia “são a cara” de diversas campanhas de sensibilização social. De acordo com esta sondagem realizada junto da população, Júlia Pinheiro e Diogo Infante são as figuras públicas associadas a estas campanhas de maior notoriedade junto dos portugueses (17% e 16%, respectivamente). Já para a Classe Médica, são Diogo Infante e Rosa Mota as “figuras” mais recordadas.

Esta recordação das “figuras públicas” coexiste com uma “associação confusa” face às campanhas que protagonizam. Júlia Pinheiro, figura mais recordada pela população, obtém indices de “recordação confusa” muito elevados: 88% dos inquiridos que se recordam da participação da Júlia Pinheiro nestas campanhas associa, incorrectamente, a sua participação à campanha do “Cancro da mama no alvo da moda” e apenas 37% a associa correctamente à campanha que protagoniza – Passa a palavra (Cancro Cólo do útero).” (Marktest. O impacto das campanhas de sensibilização com figuras públicas: https://www.marktest.com/wap/a/n/id~f02.aspx).

02. Anunciante: National Advertising Benevolent Society (NABS). Título: This Job Can Break You If You Let It. Agência: Cossette. Direção: Esward Andrews. Canadá, outubro 2021.

Nas campanhas que convocam ídolos pode, portanto, ocorrer uma “confusão” entre a estrela e o estrelado, o embaixador e a embaixada. O público pode reter mais o Cristiano Ronaldo do que a marca Banco Espírito Santo; as bolachas que dançam o French Can Can do que a campanha This Job Can Break You If You Let It, da National Advertising Benevolent Society (NABS), do Canadá (anúncio 2).

03. Anunciante: Hop Hop Public Health. Título: Lil Sugar. Agència: Area 23/New York. Direção: Paulo Garcia. Estados-Unidos, outubro 2021.

Nem sempre a publicidade de carácter social envereda pela fantasia e pelo recurso a ídolos. Pode optar por se focar na realidade em causa: inundações em terra, plásticos no mar, crianças subnutridas, mulheres agredidas, náufragos no Mediterrâneo, vítimas da guerra, acidentes rodoviários, fumadores moribundos… A realidade substitui a fábula! Uma “realidade que nunca é “nua e crua”, mas sempre encenada, construída e trabalhada. Estamos perante um efeito de realidade!

04. Anunciante: Sandy Hook Promise. Título: Teenage Dream. Agência: BBDO New York. Direção: Henry-Alex Rubin. Estados-Unidos, setembro 2021.

Coloco quatro anúncios de sensibilização recentes. Nenhum vinculado à responsabilidade social das empresas. Apenas causas: os dois primeiros anúncios, de prevenção da saúde mental no trabalho (anúncio 2) e do açúcar disfarçado nos alimentos (anúncio 3), apostam no efeito fantasia; os últimos apostam no efeito de realidade alertando para as vítimas dos tiroteios nas escolas dos EUA (anúncio 4) e para a despistagem precoce do cancro da mama (anúncio 5).

05. Anunciante: Coppafeel!. Título: Know Yourself. Agência: Fold7. Direção: Jess Khol. Reino Unido, setembro 2021.

Caroline Dale, uma violoncelista versátil.

Man Ray. Le Violon d’Ingres. 1924.

Caroline Dale, “a masterly exponent of the cello” (Daily Mail), nascida em 1978, é uma compositora e violoncelista britânica com formação e repertório clássicos. Não desdenha, porém, participar em músicas e concertos rock. Colaborou com os Led Zepplin, os Oasis, Nigel Kennedy, Robert Wyatt, Sinéad O’Connor e os U2. Acrescem David Grey e David Gilmour. Aparece, por exemplo, no concerto ao vivo de David Grey em Dublin em 2011 (ver o primeiro vídeo do artigo David Grey: Alma e Coração). Atuou em vários concertos com David Gilmour (ver vídeo 4); a música Babbie’s Daughter (vídeo 3) foi composta por David Gilmour que a acompanha na guitarra. Seguem três músicas do álbum Such Sweet Thunder, publicado em 2002, e o vídeo de David Gilmour, Shine on Crazy Diamond, ao vivo em 2001.

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Caroline Dale. Elevazione. Composição de Domenico Zipoli (1688-1726). Such Sweet Thunder. 2002.
Caroline Dale. Vivaldi concerto in G minor for two cellos: Allegro Non Molto. Such Sweet Thunder. 2002.
Caroline Dale. Babbie’s Daughter. Composição de David Gilmour. Such Sweet Thunder. 2002.
David Gilmour. Shine on Crazy Diamond. Ao vivo: Meltdown Concert Royal Festival Hall, Londres, Junho 2001.

Imaginação maneirista

Galeria: Obras de René Magritte

Costumo pensar para mim. Evito pensar para os outros. Quando muito, nos outros. A minha epistemologia é umbilical. Gosto de pensar realidades que não são realidades. “À maneira”. O anúncio Looks Like Guinness, da Guinness, é um exercício de “estética alimentar”. Figuras “a branco e negro” repetem-se como uma série de Andy Warhol. Lembram-me, sobretudo, René Magritte. Descortinar a pintura de René Magritte num anúncio a uma cerveja requer imaginação, a imaginação de um maneirista.

Marca: Guinness. Título: Look Like Guinness. Agência: AMV BBDO, London. Direção: Chris Balmond. Reino-Unido, Maio 2021.