Tag Archive | Mike Oldfield

Esferas

René Magritte. Voice of Space. 1931.

Na esfera celeste, o planeta é redondo. Os seres humanos vivem em bolhas, contribuindo para o bem ou para o mal do mundo. Para o bem, na óptica da Ikea. Existem homologias entre curvaturas. Mike Oldfield retoma a noção de “música das esferas”: “a música das esferas, tal como a entendo, remonta à Antiguidade, quando se concebiam as relações matemáticas entre o movimento dos planetas e as harmonias da música”.

Segue o anúncio Our little word (2021), da Ikea, e o excerto Harbinger, do álbum Music of the spheres (2008), de Mike Oldfield.

Marca: Ikea. Título: Our little word. Agência: Rethink. Direção: Mark Zibert. Canadá, Abril 2021.
Mike Oldfield. Harbinger. Musico f the spheres. 2008.

Música das esferas

René Magritte. Voice of Space. 1931

O dinamarquês Rued Langgaard (1893-1952) compôs Música das Esferas entre 1916 e 1918. Original, experimental e sem sucesso imediato. Existem muitas músicas a que me habituei a chamar “músicas das esferas”. Lembro os Tangerine Dream, Jean-Michel Jarre e, especialmente o Klaus Schulze. Retenho, por enquanto, duas músicas: Tubular Bells II, de Mike Oldfield; e Mammagamma, de The Alan Parsons Project. Acrescento um terceiro vídeo com a Música das Esferas, de Rued Langgaard.

Mike Oldfield. Tubular Bells II. Ao vivo em Edinburgh Castl. Parte 1. 1992.
The Alan Parson Project. Mammagamma. Eye in the sky. 1982.
Rued Langgaard. Music of the Spheres. 1916-1918.

Sombras

Alexey Bednij

Alexey Bednij

Por causa dos milagres que os apóstolos faziam, as pessoas colocavam os doentes nas ruas, em camas e esteiras. Faziam isso para que, quando Pedro passasse, pelo menos a sua sombra cobrisse alguns deles. Multidões vinham das cidades vizinhas de Jerusalém trazendo os seus doentes e os que eram dominados por espíritos maus, e todos eram curados. (Acto dos Apóstolos, capítulo 5, versículos 15 e 16).

Perguntei ao meu rapaz, que anda nas engenharias, se era possível tocar a sombra dos outros. “Não, a sombra não é um concreto. Mais, quando pensas que estás a tocar a sombra de outra pessoa é a tua própria sombra que estás a tocar”. O meu rapaz é assim: um quase engenheiro que pensa. Mas a minha vocação são as “ciências moles”. Não diz a Bíblia que o apóstolo cura os enfermos com a sua sombra? Se o milagre se faz pela sombra, não pode o toque da sombra ser erótico? Doutor Freud, o toque na sombra alheia é susceptível de provocar prazer?

Ando a escrever um artigo pontuável. Um artigo “duro” e tenso, que me vai envenenar os próximos dias. Resta-me espalhar disparates no Tendências do Imaginário. Seguem um anúncio em que a sombra se revolta, L’ombre, da Chanel (1993), e duas canções de Mike Oldfield, Shadow on the Wall e Moonlight Shadow, ambas do álbum Crises (1983).

Marca: Chanel. Título: L’ombre. Produção: Pac. Direcção: Jean-Paul Goude. França, 1993.

Mike Oldfield. Shadow on the Wall. Crises. 1983.

Mike Oldfield. Moonlight Shadow. Crises. 1983.