Sociologia e música

As minhas férias são uma espécie de Halloween da música. Ouço vivos, mortos e mortos vivos. Até imagino a sociologia a dançar com a música.
O Tendências do Imaginário tem sido parcimonioso em relação a Mozart. Contempla apenas o Piano Concerto nº 23. Hoje, acrescento o Piano Concerto nº 21. A pensar em Norbert Elias, sociólogo que lhe dedicou um livro: Mozart – Sociologia de um Génio (1991).
Max Weber, que tocava piano, escreveu vários ensaios sobre música. Alguns estão reunidos no livro Os Fundamentos Racionais e Sociológicos da Música (São Paulo, Edusp, 1995). Theodor W. Adorno é, provavelmente, o sociólogo que mais abordou a música. A música marca o seu início de carreira, enveredando mais tarde pela sociologia. Tem ensaios sobre Schoenberg, seu amigo, e um livro dedicado ao seu antigo professor de música: Alban Berg: Master of the Smallest Link (1968). Entre os demais livros sobre a música, assinalo: Filosofia da Nova Música (1949), Mahler – Uma fisionomia musical (1960); Night Music: Essays on Music 1928–1962 (1964); e Introdução à Sociologia da Música, São Paulo, Editora Unesp, 2017. Além de escrever sobre a música, Adorno também escreveu música. Compôs vários estudos e peças para piano ou violino. Segue o Movimento 4, dos Estudos para Quarteto de Cordas (1920).