Tortura e prazer

Selecciono normalmente anúncios de que gosto. Mas nem sempre. A ideia do anúncio Police é original e surpreendente: a polícia espreme o prisioneiro a modos como o detergente El Kef lava a roupa. Esta ideia é bem explorada. Valorativamente, a polícia, ao contrário do prisioneiro, resulta humilhada e depreciada. É frequente a polícia ser ridicularizada nos media. Acontece também o prisioneiro ser enaltecido. Mas este tipo de cenas de inversão costuma fazer parte de um todo. O anúncio Police, ressalvando o final fugaz dedicado à marca, resume-se a uma caricatura burlesca da polícia contrabalançada por uma imagem de resistência do prisioneiro. Em termos de marketing, o brutesco funciona como (pet)isco.
Para aceder ao anúncio, carregar na imagem seguinte ou utilizar o seguinte link: http://www.culturepub.fr/videos/el-kef-police/.

Há domínios em que o homem se esmera. Supera o próprio diabo. A tortura é um desses domínios. Atente-se, por exemplo, na tortura “medieval” com ratos.
Rat Torture. “In this slow-death method, a victim is restrained to the ground without a possibility of moving. A rat would then be placed on the victim’s stomach enclosed in an iron cage. The cage would then be heated, causing the rat to panic and to dig a hole through the victim’s stomach. The rat would take hours to find its way out, resulting in hours of torture to the victim” (http://worldpackingcanuck.com/bruges-torture-museum/).
Este tipo de tortura, que conjuga sofrimento físico e fobia aos ratos, ainda foi utilizado no século XX por vários regimes políticos, nomeadamente sul-americanos.
A série Game of Thrones inclui um episódio com a tortura do rato.