Um canto a Galiza

Faz tempo que não vou à aldeia. Criança, mal abria as janelas do quarto, a Galiza dava-me bons dias. Mais quatrocentos metros e nascia galego. Aprendi cedo, com a ferrugem dos anos, o que significa a interculturalidade. “Vendo-os assim tão pertinho / A Galiza mais o Minho / São como dois namorados / Que o rio traz separados / Quasi desde o nascimento… (João Verde, Ares da Raya, excerto). Gosto de poesia, de verdades sentimentais. João Verde escreve: “Que o rio traz separados”. O Minho não separa, une! Nas ruas de Melgaço, Monção, Valença, Cerveira e Caminha fala-se tanto português como galego. E come-se bacalhau!

Uma cantiga com a voz de Luz Casal, a gaita-de-foles de Carlos Nuñez e a poesia de Rosalía de Castro é uma Negra Sombra abençoada. Festiva é a interpretação ao vivo de Mar Adentro por Carlos Nuñez. Carregar nas imagens para aceder aos vídeos.

Luz Casal & Carlos NuñezLuz Casal & Carlos Nuñez. Negra Sombra. Poema de Rosalía de Castro.

Carlos NuñezCarlos Nuñez. Mar Adentro. Ao vivo em Vigo.

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