Internacionalização
A rolha de cortiça consta entre os produtos portugueses mais internacionalizados: prevê-se que a exportação atinja, em 2015, um valor de mil milhões de euros. A rolha de cortiça anda nos gargalos do mundo. Deve inspirar-nos, tal como a sardinha de conserva.
Entre os grupos de produtos mais exportados constam as máquinas e os aparelhos (c. 15%) e os veículos e outro material de transporte (c. 11%). São duplamente internacionalizados: à partida e à chegada.
Os jogadores de futebol, mais que internacionalizados, são internacionais. Inseridos num mercado global, tanto são internacionais cá dentro, como lá fora.
Quem está em franca internacionalização é a ciência. Acreditava, ingénuo, que a ciência sempre foi internacional. Internacional talvez, mas internacionalizada… Embarcamos numa espécie de peddy paper além-fronteiras, pautado pelo coleccionismo e pela caça ao rótulo. Da nova Ponta de Sagres, partem novos padrões dos descobrimentos.
Internacional, mas muito nacional, é o fado. Raro nos pubs de Londres ou nos bistrots de Paris, ainda não é cantado em inglês.
Proverbial é o estrangeirismo e o cosmopolitismo das nossas elites. Inexplicavelmente, exportam-se muito pouco.