Aflição fascinante
Nem sempre se recorre à doçura para cativar o guloso. Por vezes, o isco consiste no inverso: na acidez. É o caso dos anúncios It’s Free. But it Could Cost You/Wooing Jeff e Scary Fast. O primeiro denuncia o cúmulo, o extremo, da inconveniência associado à absorção alienante provocada pela exposição, quase hipnótica, ao canal de televisão TVZN. O segundo, uma paródia de um thriller de terror, introduz o potente e heroico todo-terreno Ford Raptor R que escapa ileso a uma série de ameaças e perigos diabólicos. Ambos aos anúncios resultam imediata e assumidamente desagradáveis. Esta opção não é novidade. Com receitas e doses apropriadas, a adversidade e a perversidade podem compensar.
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Segredos da mente
O mistério da mente humana assombra, frequentemente, as minhas travessias. Quando isso acontece, visiono duas ou três vezes o anúncio Head, da PlayStation 2, e sigo, revigorado, em frente. Nós somos todos videogamers. Carregar em HD.
Marca: Sony PlayStation 2. Título: Head. Agência: TBWA/Paris. Direção: Thomar Marqué. França, 2006.
Agressividade condicionada
Este anúncio é deliciosamente perverso. Nenhuma beleza, a não ser a beleza do feio. Nenhuma bondade, apenas desconforto e raiva. Bem concebido. No mundo da publicidade, a Argentina é um oásis.
Marca: BGH air-conditioner. Título: Summer Hater. Agência: Del Campo Nazca Saatchi & Saatchi, Buenos Aires. Direção: Juan Cabral. Argentina, Novembro 2012.
O Filtro do Amor
Os contos tradicionais costumam comportar uma boa dose de perversidade. Os desenhos animados actuais, também. Atente-se nesta versão, inquietante, da paternidade.
Marca: Condomshop.org. Título: Penguins. Agência: Ogilvy & Matter Frankfurt. Alemanha, Abril 2001.