Quando a fotografia é boa
Quando a fotografia e o tema valem a pena, temos um espectáculo a dobrar. Seguem três fotografias de Castro Laboreiro: a primeira, panorâmica, contempla a vila; as restantes incidem sobre a mesma paisagem: as cascatas do rio Laboreiro, com e sem neve. De fazer inveja aos cenários do Senhor dos Anéis.



Kayak nas cascatas do rio Laboreiro
“Ó Natureza, a única Bíblia verdadeira és tu!…” (Guerra Junqueiro, O Melro, A Velhice do Padre Eterno, 1885).

Cascatas do rio Laboreiro. Castro Laboreiro. Fotografia cedida pela câmara municipal de Melgaço.
“Portugal revela-se, cada vez mais, um paraíso para os amantes dos desportos de água” (http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/video-irao-os-rapidos-de-castro-laboreiro-ficar-tao-famosos-como-as-ondas-da-nazare=f755521). As cascatas do rio Laboreiro são, nessa exaltação, a porta do céu situada mais a norte.
Maxime Mitaut, vice-campeão mundial de kayak extremo por equipas pela selecção francesa, afirma o seguinte:
“Este fim-de-semana em Portugal, no último mês de Fevereiro, foi provavelmente o melhor que tive em 2013. Para mim, o Laboreiro é um dos rios mais belos da Europa. É um concentrado de rápidos classe V e de encadeamentos de belas quedas. Tudo num contexto magnífico, na fronteira entre a Galiza e Portugal (…) O melhor momento é o encadeamento das três quedas num eixo, o troço mais conhecido do Laboreiro, sendo cada uma espaçada por uma grande bacia sem sifões nem repuxos (com pouca água)” (http://max-mitaut.blogspot.pt/search?q=laboreiro).
Maxime Mitaut. Extreme Kayak au Portugal. Rio Laboreiro. 2013.
Estágio de campo em Melgaço
Nos dias 5 e 6 de Maio, há Estágio de Campo em Melgaço, organizado pela Câmara Municipal de Melgaço e pelo Departamento de Sociologia da Universidade do Minho, com o apoio do NECSUM, Núcleo de Estudos dos Estudantes de Sociologia da Universidade do Minho. O que vamos fazer? Viajar, observar, interagir e reflectir. Vamos dar e receber. Os alunos do Mestrado em Sociologia e os finalistas da licenciatura em Sociologia são os principais parceiros desta iniciativa. Insistem que querem ver fotografias para ponderar a decisão e estragar a surpresa. Segue um ramalhete de imagens minimamente identificadas.
Sábado, de manhã, instalação na Pousada da Juventude, no Centro de Estágios de Melgaço.
Durante a manhã, trilho do rio Minho.
À tarde, visita ao Espaço Memória e Fronteira,
ao Museu do Cinema
e ao castelo e à torre de menagem.
As termas do Peso são um local propício a uma pausa, com um breve concerto de guitarra e canto, na Fonte Velha.
A tarde termina no miradouro de Arbo, na Galiza.
À noite, na Casa da Cultura, ocorre a apresentação do livro Volta a Portugal, com a participação do autor: Álvaro Domingues. A apresentação, a cargo de Albertino Gonçalves, será precedida por um momento de guitarra clássica interpretado por Francisco Berény.
Na manhã de domingo, espera-nos Castro Laboreiro, com a subida ao castelo e as cascatas do rio Laboreiro.
A tarde começa em Lamas de Mouro, sítio ideal para uma pausa e recreio.
Com o corpo e o espírito refrescados, é o momento para uma reunião, no auditório da Porta de Lamas, para uma avaliação do ano lectivo.
De regresso à Vila de Melgaço, um Alvarinho de Honra no Solar do Alvarinho oferecido pela Câmara Municipal: vinho alvarinho, presunto, chouriço e broa, tudo produtos locais.
E, para terminar, o regresso a Braga.
A Pedra e a Água. Imagens de Melgaço
Uma parte do corpo aquece enquanto o resto permanece morno. Doença? Há quem lhe chame morrinha ou saudade… Apetece partir, enfiados em nós, na carroça do ensimesmamento. Com o coração febril, a cabeça lá faz a sua travessia. As imagens são marcos de que a saudade é devoradora. A minha terra é tão bonita quanto outra qualquer! Talvez mais se, como diria Pascal, a visitamos com os olhos do coração. Desta amostra de fotografias, apenas as três primeiras foram tiradas por mim. As demais, algum caçador furtivo as colheu na internet.