Por um fio
No anúncio cabo-verdiano Gift, estreado hoje, uma empresa de telecomunicações, a Unitel T+, admite que a tangibilidade, a interação física, é decisiva nas relações humanas:
Today, technology makes people’s lives easier, but, on the other hand, it ends up driving them away. This campaign is based on this reality to launch an appeal for proximity. With this message, the Cape Verdean telecommunications company reinforces its presence during the festive season with a message that values family relationships.
Músicas cruzadas

A guitarra portuguesa solta-se. Dialoga com outras músicas: cabo-verdiana, persa, chinesa… Pelas mãos de Marta Pereira da Costa e Custódio Castelo. Portugalidade arejada. É uma migalha de salvação sentir orgulho dos outros.
A presença de Portugal num mapa do séc. XVI

Diego Gutiérrez, Mapa da América, 1562. Para maior resolução: 1. Clicar no mapa; 2. Clicar em 2000-2176
Este País com dores de dependência, encontrámo-lo onde menos esperamos. Pesquisei há tempos a obra de Hieronymus Cock (Antuérpia; c. 1510-1570), editor que publicou gravuras de vários artistas notáveis, entre os quais Hieronymus Bosch e Pieter Bruegel. Chamou-me a atenção o Mapa da América, de 1562, do cartógrafo espanhol Diego Gutiérrez, para o rei Filipe II. O mais extenso e pormenorizado mapa do que então se conhecia do continente americano. Aparecem três armas reais a demarcar outros tantos territórios: da monarquia francesa, perto do atual Canadá; da monarquia portuguesa, junto à costa da Argentina e do Brasil; e da monarquia espanhola, entre ambas. A marca de Portugal aparece ainda a propósito do “caminho marítimo para a Índia”: várias embarcações junto às Ilhas de Cabo Verde são identificadas como “a flota de Portugal que va par Calicute”.
- Diego Gutiérrez, Mapa da América, 1562. Para maior resolução: 1. Clicar no mapa; 2. Clicar em 2000-2176
- Mapa da América. Diego Gutiérrez. Publicado em 1562. Pormenor com as armas de Portugal
- Hieronymus Cock. A partir de Hieronymus Bosch. Concerto numa ostra. 1562
- Hyeronymus Cock a partir de Pieter Bruegel. Big fish eat little fish.1556