Archive | Dezembro 2020

Ainda bem! Maria Bethânia

Maria Bethânia

Uma amiga passou várias semanas no Brasil. Regressou fascinada com a música brasileira. Cantarolava as cassetes que me convidava a ouvir. Paris cantava brasileiro no coração de uma libanesa. Acontece-me peneirar o passado. Há coisas que fiz que agora não faria. Ainda bem que fiz!

Maria Bethânia. As Canções Que Você Fez Para Mim (Ao Vivo), “Noite Luzidia (Ao Vivo)”. Canecão, 2001.

A mulher com cabelo aos caracóis. Caetano Veloso.

Betsabé banha-se numa fonte do jardim. O rei David observa-a seduzido. Tiveram uma  relação sexual. Casada com Urias, Betsabé engravidou. David mandou Urias para frente da batalha para ser morto. Salomão foi um dos filhos de Betsabé. Esta é uma história bíblica com pendor shakespeariano. Segue, no final do artigo, a passagem da Bíblia (Samuel 11).

Galeria: Iluminuras com mulher a tomar banho no jardim

Cismei encontrar uma iluminura de Betsabé com cabelos encaracolados. Betsabé aparece em muitas iluminuras. Retenho quatro (ver galeria). A primeira segue o modelo-padrão: Betsabé banha-se nua e o rei David observa. A segunda acrescenta uma alusão: um homem, em princípio Urias, sai do palácio com uma carta na mão, a carta que dita a sua morte. A terceira iluminura multiplica os cenários: o banho de Betsabé, o adultério e a morte de Urias. Na quarta iluminura, a mulher tem cabelos eventualmente encaracolados, mas não se vê David. O enquadramento é semelhante às demais iluminuras com Betsabé, mas a ausência de David só permite afirmar que se trata de uma cena de higiene. Não é uma iluminura, mas na pintura Betsabé observada pelo rei David, de Jan Matsys, nos cabelos, presos, esboçam-se alguns caracóis.

5. Matsys, Jan. Bathsheba Observed by King David. Primeira metade do século XVI.

Todo este desvio para quê? Para introduzir a canção Debaixo dos Caracóis dos seus Cabelos, de Caetano Veloso.

Caetano Veloso. Debaixo dos Caracóis dos seus Cabelos. Programa de televisão com Roberto Carlos. 1992.

Bíblia – Samuel 11

  1. “Na primavera, época em que os reis saíam para a guerra, Davi enviou para a batalha Joabe com seus oficiais e todo o exército de Israel; e eles derrotaram os amonitas e cercaram Rabá. Mas Davi permaneceu em Jerusalém.
  2. Uma tarde Davi levantou-se da cama e foi passear pelo terraço do palácio. Do terraço viu uma mulher muito bonita, tomando banho,
  3. e mandou alguém procurar saber quem era. Disseram-lhe: “É Bate-Seba, filha de Eliã e mulher de Urias, o hitita”.
  4. Davi mandou que a trouxessem e se deitou com ela, que havia acabado de se purificar da impureza da sua menstruação. Depois, voltou para casa.
  5. A mulher engravidou e mandou um recado a Davi, dizendo que estava grávida.
  6. Em face disso, Davi mandou esta men­sagem a Joabe: “Envie-me Urias, o hitita”. E Joabe o enviou.
  7. Quando Urias chegou, Davi perguntou-lhe como estavam Joabe e os soldados e como estava indo a guerra;
  8. e lhe disse: “Vá descansar um pouco em sua casa”. Urias saiu do palácio e logo lhe foi mandado um presente da parte do rei.
  9. Mas Urias dormiu na entrada do palácio, onde dormiam os guardas de seu senhor, e não foi para casa.
  10. Quando informaram a Davi que Urias não tinha ido para casa, ele lhe perguntou: “Depois da viagem que você fez, por que não foi para casa?”
  11. Urias respondeu: “A arca e os homens de Israel e de Judá repousam em tendas; o meu senhor Joabe e os seus soldados estão acampados ­ao ar livre. Como poderia eu ir para casa para comer, beber e deitar-me com minha mulher? Juro por teu nome e por tua vida que não farei uma coisa dessas!”
  12. Então Davi lhe disse: “Fique aqui mais um dia; amanhã eu o mandarei de volta”. Urias ficou em Jerusalém, mas no dia seguinte
  13. Davi o convidou para comer e beber e o embriagou. À tarde, porém, Urias saiu para dormir em sua esteira, onde os guardas de seu senhor dormiam, e não foi para casa.
  14. De manhã, Davi enviou uma carta a Joabe por meio de Urias.
  15. Nela escreveu: “Ponha­ Urias na linha de frente e deixe-o onde o com­bate estiver mais violento, para que seja ferido e morra”.
  16. Como Joabe tinha cercado a cidade, colocou Urias no lugar onde sabia que os inimigos eram mais fortes.
  17. Quando os homens da cidade saíram e lutaram contra Joabe, alguns dos oficiais da guarda de Davi morreram, e morreu também Urias, o hitita.
  18. Joabe enviou a Davi um relatório completo da batalha,
  19. dando a seguinte instrução ao men­sageiro: “Ao­ acabar de apresentar ao rei este relatório,
  20. pode ser que o rei fique muito indignado e lhe pergunte: ‘Por que vocês se aproximaram tanto da cidade para com­bater? Não sabiam que eles atirariam flechas da muralha?
  21. Em Tebes, quem matou Abimeleque, filho de Jerubesete? Não foi uma mulher que da muralha atirou-lhe uma pedra de moinho, e ele mor­reu? Por que vocês se aproximaram tanto da muralha?’ Se ele perguntar isso, diga-lhe: E mor­reu também o teu servo Urias, o hitita”.
  22. O mensageiro partiu e, ao chegar, contou a Davi tudo o que Joabe lhe havia man­dado falar,
  23. dizendo: “Eles nos sobrepujaram e saíram contra nós em campo aberto, mas nós os fizemos retroceder para a porta da cidade.
  24. Então os flecheiros atiraram do alto da muralha contra os teus servos e mataram alguns deles. E morreu também o teu servo Urias, o hitita”.
  25. Davi mandou o mensageiro dizer a Joabe: “Não fique preocupado com isso, pois a espada não escolhe a quem devorar. Reforce o ataque à cidade até destruí-la”. E ainda insistiu com o mensageiro que encorajasse Joabe.
  26. Quando a mulher de Urias soube que o seu marido havia morrido, chorou por ele.
  27. Pas­sado o luto, Davi mandou que a trouxessem para o palácio; ela se tornou sua mulher e teve um filho dele. Mas o que Davi fez desagradou ao Senhor”.
    (https://www.bibliaon.com/david_e_bate-seba/).

O diabo apaixonado. A mulher e o diabo

Jacques Le Grant. – Le livre des bonnes moeurs. XVe siècle. Musée Condé de Chantilly.

No imaginário cristão, o diabo seduz, preferencialmente, a mulher. Tudo indica que está mais exposta à tentação demoníaca. O destino começa no início: foi Satanás, Arimane, sob a figura de serpente, quem tentou a primeira mulher e esta, o primeiro homem. O Martelo das Feiticeiras (Heinrich Kraemer & James Sprengerm, 2004, O Martelo das Feiticeirass, Rio de Janeiro, Editora Rosa dos Ventos, 1ª edição 1486) assegura existir um “maior número de mulheres supersticiosas do que de homens” (p. 114). “Por serem mais fracas na mente e no corpo, não surpreende que se entreguem com mais frequência aos atos de bruxaria” (p. 113). São mais crédulas, socorrem-se mais de poderes maléficos e passam a palavra, prestam-se ao contágio. Com estas e outras sentenças,

“Só em 1485, apenas no distrito de Worms, 85 feiticeiras foram entregues às chamas. Em Genebra, em Basileia, em Hamburgo, em Ratisbona, em Viena, e em muitas outras cidades, ocorreram execuções do mesmo género. Em Hamburgo, entre outros, queimou-se vivo um médico que salvou uma mulher em trabalho de parto abandonada pela parteira. No ano 1523, em Itália, após uma bula contra a feitiçaria aprovada pelo papa Adriano VI, só a diocese de Como assistiu à queima de cem bruxas” (Albert Réville. Histoire du Diable, ses origines, sa grandeur et sa décadence, à propos d’un récent ouvrage allemand. Revue des Deux Mondes, Paris, 2e période, tome 85, 1870, pp. 101-134: III).

Francisco Goya. El Aquelarre. 1797–1798.

“Passaram anos e anos / Sobre esta roda da vida, / Farinha que foi moída, / Vai-se a ver são desenganos” (Fernando Assis Pacheco, Pedro Só). Passaram anos e anos e o imaginário mudou. O Martelo das Feiticeiras tornou-se símbolo de um pesadelo histórico. No anúncio Match Made in Hell, o diabo não só seduz como é seduzido. Por intermédio de uma agência de encontros, Match, o diabo e a donzela envolveram-se num namoro aprazível. Um par, à partida, improvável, uma nova forma de amor. Já no século XVIII, se discorria sobre a figura do “diabo apaixonado” (Cazotte, Jacques, Le diable Amoureux, Paris, 1772; traduzido para português por Camilo Castelo Branco; na imagem, capa da edição de 1845, da autoria de Edouard de Beaumont).

Marca: Match. Título: Match Made in Hell. Agência: Maximum Effort. Direção: Ryan Reynolds. Estados-Unidos, Dezembro 2020.

GUIMARÃES JAZZ 2020

GUIMARÃES JAZZ 2020

Apesar da pandemia, ocorreu, de 12 a 22 de novembro de 2020, a 29ª Edição do Guimarães Jazz. Os obstáculos requerem engenho e inovação. Recorrendo sobretudo a músicos portugueses e estrangeiros a residir em Portugal, o Festival assumiu

um olhar mais alargado do que o habitual sobre o panorama musical nacional, catalisando novas colaborações e suscitando diferentes aproximações artísticas. Apesar das limitações impostas pelas contingências, o Guimarães Jazz mantém-se fiel à sua identidade, sustentada no ecletismo e numa grande abertura estilística e geracional” (Ivo Martins).

A proximidade de um festival com a qualidade e a originalidade do Guimarães Jazz é uma bênção. Apetece acreditar que a cultura está ao nosso alcance. “Pula e avança como uma bola colorida ” (António Gedeão, Pedra Filosofal).

GUIMARAES JAZZ 2020 | Aftermovie. A Oficina. 2020.

Filantropia

— Valha-me Deus! — exclamou Sancho — Não lhe disse eu a Vossa Mercê que reparasse no que fazia, que não eram senão moinhos de vento, e que só o podia desconhecer quem dentro na cabeça tivesse outros? (Miguel de Cervantes, Dom Quixote de la Mancha, cap. VIII. 1605).

Salvador Dali

Se existem novidades ao nível da publicidade, a proliferação dos anúncios de sensibilização é uma delas. Anúncios de empresas dedicados a causas sociais. Respiram bondade. O que visam estes anúncios? Promover a causa ou a marca? Sancho Pança, que vê moinhos de vento, diria a marca; Don Quixote, que vê gigantes, a causa. Num mundo onde supostamente naufragaram as grandes narrativas, as narrativas de médio alcance possuem um elevado valor simbólico. O anúncio Waste, da IKEA, é um excelente exemplo de publicidade de sensibilização.

A publicidade de sensibilização promovida pelas empresas é uma prática condenável? Talvez não! A história da humanidade revela que entre a bondade ou a maldade das intenções e a bondade ou a maldade dos resultados não existe uma equação linear. Recorde-se o subtítulo do livro de Bernard Mandeville: “vícios privados, virtudes públicas (A fábula das abelhas, 1723).

Marca: IKEA Rússia. Título: Waste. Agência: Instinct BBDO. Direção: Ilya Naishuller. Rússia, novembro 2020

Dior

John William Waterhouse. Eco e Narciso. 1903.

“Surrealist images manage to make visible what is in itself invisible. I’m interested in mystery and magic, which are also a way of exorcising uncertainty about the future” (Maria Grazia Chiuri, responsável pela coleção de alta costura de outono-inverno 2020-2021 da Dior; https://www.dior.com/en_pt/womens-fashion/haute-couture-shows/fall-winter-2020-2021-haute-couture-collection).

Lento, longo e luxuoso, este vídeo da Dior é uma pérola. A viagem da alta costura pelos mundos da mitologia e da arte. Uma aposta na intertextualidade. Convoca figuras míticas e obras de arte. Recupera, por exemplo, as iluminuras medievais com mulheres nuas a sair de conchas ou o Narciso da pintura Eco e Narciso, de John William Waterhouse (1903). Quinze minutos de estética envolvente. “Alta costura, alta cultura”.

A Beatriz enviou-me este conto da Dior. A seguir a mim, é a Beatriz quem mais tem escrito no Tendências do Imaginário. Centenas de comentários. Não sei como lhe agradecer.

Dior. Le Mythe Dior. Dior Autumn-Winter 2020-2021 Haute Couture. Direção: Matteo Garrone. Julho 2020.

Um milhão de visualizações

As recordações são as nossas forças (Victor Hugo).

René Magritte. Golconda. 1953.

Existem números e números. Por exemplo, os números redondos, especialmente aqueles que coincidem com o acréscimo de um dígito: uma dezena, uma centena, um milhar, um milhão… Mas existem outros. Alguns parecem deter uma espécie de hegemonia simbólica. Por exemplo, o número três. Afirma-se decisivo na visão tripartida do mundo dos indo-europeus (Georges Dumézil. 1968. Mythe et épopée – L’Idéologie des trois fonctions dans les épopées des peuples Indo-européens. Paris: Gallimard ). Georg Simmel sustenta que a tríade representa, mais do que a díade,  a equação efetiva da sociedade (Soziologie, 1908). Destaco a Santíssima Trindade, as três ordens feudais, os três poderes da organização política, os três porquinhos, os três mosqueteiros que, afinal, eram quatro… Enfim, a conta que Deus fez.

Mas regressemos aos números redondos. O Tendências do Imaginário acaba de ultrapassar um milhão de visualizações. A comemoração é arbitrária. Certo é que esperei uma década por este momento. Vou colocar os Queen, abrir uma cerveja e acender um cigarro. E agradecer as visitas.

Tabela 1. Visualizações do Tendências do Imaginário por país. 07.12.2020.

Um milhão (1 000 028) de visualizações; 331 670 visitas. Três visualizações por visita. Cinco países concentram mais de quatro quintos (83%) das visualizações: Brasil, 40%; Portugal, 24%; Estados-Unidos, 8%; Espanha, 7%; e França, 4% (ver Tabela 1). Mas a componente mais excessiva do Tendências do Imaginário reside nos artigos: 3 267.  Quase um artigo por dia (0.95). No topo das visualizações, destacam-se, curiosamente, os mais extensos e densos, porventura, os mais originais (ver tabela 2).

Tabela 2.Artigos do Tendências do Imaginário mais visualizados.07.12.2020.

O que começou como capricho transformou-se num vício. Nos últimos dez anos, artigo a artigo, o Tendências do Imaginário tornou-se o blogue do meu envelhecimento. O inverno do meu ensimesmamento.

Escrever no Tendências do Imaginário é uma experiência estranha, senão perversa: o autor escreve para centenas de pessoas que, literalmente, desconhece. Uma massa incógnita. A tentação é de o escritor e o leitor se confundirem, com a mediação numérica e abstrata do “público”. Um excesso de solidão e de reflexividade. Um excesso de ilusão. Eremitério digital.

Podia escolher um anúncio, um vídeo ou uma imagem marcante do Tendências do Imaginário para assinalar o momento. Interessa, porém, prosseguir caminho, embora com os olhos no retrovisor. Acender velas na memória. A vela de hoje é Judy Collins. Duas canções: Send in the clowns e, com Leonard Cohen, Suzanne. Nem tudo são rosas: o pai de Judy Collins era cego e o filho único suicidou-se. Acendo velas na memória, com os olhos cansados, cansados do fogo-de-artifício pós-moderno. Vou festejar! Com o rato, o teclado e o caixote do lixo. Uma orgia biomecanóide.

Judy Collins. Send in the Clowns. Judith. 1975. Ao vivo em 1976.
Judy Collins & Leonard Cohen. Suzanne. Ao vivo em 1976.

A deriva do gosto

Andy Wahrol. Campbell’s Soup Complete Portfolio II. 1969.Aldi

“Quem quiser conhecer por completo a vaidade do homem não tem senão que considerar as causas e os efeitos do amor. A causa é um não sei quê (Corneille) e os efeitos são espantosos. Esse não sei quê, tão pouca coisa que não se pode reconhecê-lo, revolve toda a terra, os príncipes, os exércitos, o mundo inteiro.
Se o nariz de Cleópatra tivesse sido mais curto, toda a face da terra teria mudado” (Blaise Pascal. Pensamentos).

É fenómeno antigo mas sempre surpreendente: conversar sobre nada com muito interesse. É impressionante! Uma hora, duas horas, a pastar palavras! Para além da conversa fiada, está na moda promover experiências com seres humanos. A estes apanhados chamam testes. Confrontados com o mesmo produto, rotulado com preços distintos, as pessoas escolhem o mais caro. E se, em vez de preços, fossem marcas? E se um estivesse colocado ao nível dos joelhos, outro ao nível da cintura e o terceiro ao nível do peito? Se o nariz de Cleópatra tivesse sido mais curto… Os seres humanos não são racionais, mas têm as suas lógicas (Vilfredo Pareto; Max Weber).

Marca: Aldi. Título: The Real Surprise of Christmas. Agência: Ogilvy, Paris. França, dezembro 2020.

Paris. Yves Montand.

Casamento de Yves Montand e Simone Signoret, no dia 22 de dezembro de 1951, com Jacques Prévert como testemunha.

Vivi seis anos em Paris. Parte da minha juventude. Ainda me sinto parisiense. Admiro Yves Montand, ator e cantor francês memorável. Selecionei três canções. No vídeo da primeira, C’est si bon, aparece uma fotografia com Marilyn Monroe. Tiveram um caso, por ocasião do filme Vamo-nos amar (1960), de George Cukor. Arthur Miller acabou por se separar de Marilyn Monroe. A segunda canção é um hino a Paris. A terceira, Les feuilles mortes, um poema de Jacques Prévert, é uma canção especial.

Yves Montand. C’est si bon. Anos cinquenta.
Yves Montand. A Paris. 1952. Ao vivo no Olympia. 1981.
Yves Montand. Les feuilles mortes. 1949 ou 1950. Ao vivo no Olympia. 1981.

Canto paralelo

Digital Artists. Mona Lisa.

Altiva ou rasteira, nada escapa à paródia (etimologicamente, “canto paralelo”). Nem sequer as circunspectas campanhas de prevenção rodoviária. O anúncio Drive Safely esmera-se na paródia: imita as técnicas do slow-motion e do rewind; ridiculariza o preciosismo científico (menos exatamente tantas milhas de velocidade e a travagem seria a tempo); e inverte a moral banal (em vez da salvação do bom, salva-se o mau, por sinal, uma caricatura de Hitler). Em suma, conduza à vontade, nem todos os peões são boas pessoas”. Qual a autoria e a intenção deste anúncio? Provavelmente, um vídeo viral. Não obstante, um bom exemplo de paródia.

Fernando e Albertino

Drive Safely