O festim dos macacos
Ver a realidade através de frases é ser intelectual? Prefiro vê-la pelos teus olhos.

01. Jan Brueghel o Velho. Festim dos macacos. 1621. Foto Fernando.
O meu rapaz mais novo está de visita ao meu rapaz mais velho. Na Casa de Rubens, em Antuérpia, descobriu o Festim dos Macacos, de Jan Brueghel o Velho (c. 1621). Enviou-mo. É uma alegoria da vaidade humana.
Os macacos estavam em voga nos séculos XVI e XVII. Na pintura (Figura 3) e nas festas. Nas procissões do Corpo de Deus, a espécie mais prezada era o bugio (não confundir com os bugíos do São João de Sobrado).
Há imagens que me apetece ouvir. A singerie de Jan Brueghel o Velho lembra-me algumas composições dedicadas a animais:
La Fête de l’Ane. Música medieval. Clemencic Consort.
Jean-Philippe Rameau. La Poule. 1728.
Louis-Claude Daquin. Le Coucou. 1735.
Nikolai Rimsky-Korsakov. Flight of the Bumblebee. 1899-1900.
Camille Saint-Saens. O Carnaval dos Animais. 1887…
Mas decidi-me por Dimitri Shostakovich, menos pelos macacos e mais pelo festim.
Dimitri Shostakovich. Taiti Trot (Tahiti Trot), Op. 16. 1927.
Dimitri Shostakovich. Jazz Suite No. 2- VI. Waltz 2.opus. 1938.