A revolta do actor secundário

cinemalyaO cinema independente adquiriu uma dimensão considerável. A sua composição é caracterizada pela diversidade. Tanta que é difícil resumi-la numa imagem comum. Nestas circunstâncias, a apresentação pode passar menos pela assunção de uma identidade e mais pela demarcação face ao outro. O antropólogo Evans-Pritchard analisa este jogo de mobilizações e recomposições em função do adversário no livro The Nuer: A Description of the Modes of Livelihood and Political Institutions of a Nilotic People (Oxford, Clarendon Press, 1940). Mas há muitas formas de se distanciar do outro. Algumas são especialmente inspiradas. Para divulgar o Cinemalaya 2016 (Cinemalaya Philippine Independent Film Festival), nada mais expedito do que avançar com uma paródia do cinema hollywoodiano. Um cinema com filmes reciclados, repetitivos, previsíveis e vazios. Assim o entende o actor secundário frustrado com tanto cliché: “We’ve been doing the same fight for 50 sequels now! I’m so sick of it”.

Marca: Cinemalaya 2016. Título: Fight. Agência: Leo Burnett Manila. Direcção: Joel Limchoc. Filipinas, Setembro 2016.

 

 

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