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A deserção do amor. The Kills II

Egon Schiele, Autoportrait en gilet, le coude droit levé, 1914

” La mort est plus aisée à supporter sans y penser, que la pensée de la mort sans péril” / É mais fácil suportar a morte sem pensar nela do que o pensamento da morte sem perigo” (Blaise Pascal, Pensamentos: Artigo XXI – Miséria do Homem: III).

  • Batem forte, fortemente,
  • Como quem pede por mim.
  • Será vida? Será morte?
  • A vida é, certamente
  • mas a morte também bate assim.
  • (A partir de Augusto Gil)

Seguem algumas pancadas eletrizantes dos Kills: Love Is A Deserter (2005); Future Starts Slow (2011); e Doing It To Death (2016).

The Kills. Love Is A Deserter. No Wow. 2005.
The Kills. Future Starts Slow. Blood Pressures. 2011.
The Kills. Doing it to death. Ash & Ice. 2016.

No limite: The Kills I

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“A morte não é acontecimento da vida. Não se vive a morte. / Se por eternidade não se entender a duração infinita do tempo mas a atemporalidade, vive eternamente quem vive no presente. / Nossa vida está privada de fim como nosso campo visual, de limite” (Ludwig Wittgenstein. Tractatus Logico-Philosophicus. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1968, p. 127).

Mudar de música ajuda a mudar de atitude. Tive São João em casa. Quatro em cada cinco jovens admitiram não ter ouvido falar dos The Kills. Este e o próximo posts ser-lhes-ão dedicados. Seguem, por enquanto, duas versões mais despojadas e mais raras, com menos punch e batida do que o duo nos habituou.

The Kills. The Last Goodbye. Blood Pressures. 2011. Live David Letterman chat show, 2012.
The Kills. Wait. Keep on Your Mean Side. 2003. ‘Echo Home – Non-Electric EP’ released 2017.