Sociologia sem palavras 18. Cinema
Há momentos impressionantes, como a sequência final do filme Blade Runner. O autómato salva o inimigo humano. À chuva, meio nu, ensanguentado, um prego cravado numa mão e uma pomba branca na outra, senta-se e despede-se com palavras e um sorriso, descaindo-lhe a cabeça para a direita. Como previam os circuitos. A pomba voa em direcção ao céu, como a alma dos justos nas iluminuras medievais. Diógenes procurava o homem com uma candeia acesa em pleno dia. Convém não desistir. Onde está o humano? Onde está o autómato? E o sagrado, o sagrado onde está? Vale a pena (re)ver o filme.
I have… seen things you people wouldn’t believe…
Attack ships on fire off the shoulder of Orion.
I watched c-beams glitter in the dark near the Tannhäuser Gate.
All those… moments… will be lost in time, like tears… in… rain.
Time… to die…
Sociologia sem palavras 18. Cinema. Ridley Scott. Blade Runner. 1982. Excerto.