Noite dos Medos
Chuva de gente na Noite dos Medos em Melgaço. Segue a reportagem da Altominho.tv acompanhada por uma galeria de imagens do concurso na Casa da Cultura, da procissão pelas ruas da Vila e da concentração na Torre de Menagem (fotografias da página do Município de Melgaço no facebook: https://www.facebook.com/search/top?q=munic%C3%ADpio%20de%20melga%C3%A7o).
Carregar na imagem seguinte para aceder ao vídeo com a reportagem da Altominho.tv.






























O Amor e a Morte na Casa da Cultura

Chuva, frio e uma sensação única: o mesmo vento que me afastou do mundo traz-me de volta ao ninho. Era uma vez… o amor e a morte, a união e a separação, as formas e as sombras, os que ficam e os que partem. Memórias profundas e liminares. Apesar da concorrência do FC Porto-Benfica, a audiência do “serão dos medos” duplicou o previsto. Iniciado às 21:00, o “serão dos medos” durou quase até à meia noite. O encanto não teria sido o mesmo sem os testemunhos generosos, de uma oralidade prodigiosa e contagiosa, de duas pessoas maiores: as castrejas Angelina Fernandes e Palmira Fernandes. A sessão não se prolongou para “evitar o escuro das horas tardias”. Mas, pelos vistos, com a iluminação atual o risco é bem menor. E as pessoas deixaram-se estar em inspirada conversa. Uma iniciativa que, graças à dedicação dos amigos da Casa da Cultura e da Câmara de Melgaço, parece ter nascido para vingar. Era uma vez, não eRa? eRa, um grupo francês.
Galeria de fotografias: Coisas do Outro Mundo, Serões dos Medos, Casa da Cultura, Melgaço, 21 de outubro de 2002. Fonte – Município de Melgaço: https://www.facebook.com/municipiodemelgaco/photos














O destino, a voz, o violino e o assobio

Acho que a curiosidade descuidada seria aquilo de que o mundo necessita agora” (Andrew Bird).
Sexta, dia 21 de outubro, vou participar na primeira edição dos Serões do Medo na Casa da Cultura em Melgaço (ver https://correiodominho.pt/noticias/noite-dos-medos-esta-de-volta-a-vila-de-melgaco/139827). A conversa versará, primeiro, sobre as esculturas tumulares, em seguida, sobre as visões noturnas, tais como acompanhamentos e procissões de defuntos. À partida, temas pouco apelativos. No entanto, não concebo nada de mais vivo e presente na vida e no espírito dos vivos do que a experiência e o imaginário da morte. Possivelmente a componente mais criativa e imaginativa dos seres humanos. Pelo menos, para a morte rementem as obras mais notáveis da história da arte: as pirâmides do Egipto, a Pietá de Michelangelo, o Cristo de Velasquez, o Pensador de Rodin, Guernica de Picasso… Quem edifica, visita e cuida dos cemitérios, quem encomenda, talha e coloca as esculturas, quem as cobre de sentimentos e significados são os vivos. O mesmo sucede com as visões noturnas. Esculturas tumulares e aparições dizem muito acerca dos vivos, praticamente nada dos mortos. Acalento a esperança que, finda a conversa, a audiência desfrutará do conforto de ter ouvido falar menos da morte e dos mortos e mais da vida e dos vivos, que, porventura, ficarão a conhecer um pouco melhor. A pretexto da morte, descobre-se a beleza e, sobretudo, o amor, omnipresente como o principal rival da morte.

Amanhã, vou para Melgaço. Em princípio, não vou ter acesso doméstico à Internet. Despeço-me, assim, por uns dias. Costumo escolher as músicas a pensar na sensação e no sentimento que desejo que me provoquem. Outras vezes, mais raras, escolho-as para expressar o que me vai na alma. Em que lado se situará este excerto de um concerto de Andrew Bird?
Andrew Bird
Estágio de campo em Melgaço
Nos dias 5 e 6 de Maio, há Estágio de Campo em Melgaço, organizado pela Câmara Municipal de Melgaço e pelo Departamento de Sociologia da Universidade do Minho, com o apoio do NECSUM, Núcleo de Estudos dos Estudantes de Sociologia da Universidade do Minho. O que vamos fazer? Viajar, observar, interagir e reflectir. Vamos dar e receber. Os alunos do Mestrado em Sociologia e os finalistas da licenciatura em Sociologia são os principais parceiros desta iniciativa. Insistem que querem ver fotografias para ponderar a decisão e estragar a surpresa. Segue um ramalhete de imagens minimamente identificadas.
Sábado, de manhã, instalação na Pousada da Juventude, no Centro de Estágios de Melgaço.
Durante a manhã, trilho do rio Minho.
À tarde, visita ao Espaço Memória e Fronteira,
ao Museu do Cinema
e ao castelo e à torre de menagem.
As termas do Peso são um local propício a uma pausa, com um breve concerto de guitarra e canto, na Fonte Velha.
A tarde termina no miradouro de Arbo, na Galiza.
À noite, na Casa da Cultura, ocorre a apresentação do livro Volta a Portugal, com a participação do autor: Álvaro Domingues. A apresentação, a cargo de Albertino Gonçalves, será precedida por um momento de guitarra clássica interpretado por Francisco Berény.
Na manhã de domingo, espera-nos Castro Laboreiro, com a subida ao castelo e as cascatas do rio Laboreiro.
A tarde começa em Lamas de Mouro, sítio ideal para uma pausa e recreio.
Com o corpo e o espírito refrescados, é o momento para uma reunião, no auditório da Porta de Lamas, para uma avaliação do ano lectivo.
De regresso à Vila de Melgaço, um Alvarinho de Honra no Solar do Alvarinho oferecido pela Câmara Municipal: vinho alvarinho, presunto, chouriço e broa, tudo produtos locais.
E, para terminar, o regresso a Braga.