Sentimentalismo romântico

Estou a ficar saturado de me fazer companhia. Sempre os mesmos estímulos. Minimalistas. Sobra a sensação de um mundo que se esgota. Quando não se pode abrir a porta, espreita-se pela janela, da alma. Sinto saudades de tudo! De Paris, por exemplo. Até o sentimentalismo romântico dos franceses, que ridiculizava, agora me enternece. Fiz bem em regressar? Ganhei quarenta anos, quase dois terços de uma vida; mas nunca saberei o que perdi. Nem quero imaginar. Certo é que até os ecos mais vulgares me satisfazem neste vazio de uma quase morte social. Georges Moustaki, o poeta, nunca se sentia só com a sua solidão (ver A companhia da solidão). Creio que estou a perder a poesia. Ela era tão bonita / Ela tinha olhos revolver / A vida.
LETRAS
Alain Barrière: Elle était si jolie
Elle était si jolie
Que je n’osais l’aimer
Elle était si jolie
Je ne peux l’oublier
Elle était trop jolie
Quand le vent l’emmenait
Elle fuyait ravie
Et le vent me disait
Elle est bien trop jolie
Et toi je te connais
L’aimer toute une vie
Tu ne pourras jamais
Oui mais, oui mais elle est partie
C’est bête mais c’est vrai
Elle était si jolie
Je n’oublierais jamais
Aujourd’hui c’est l’automne
Et je pleure souvent
Aujourd’hui c’est l’automne
Qu’il est loin le printemps
Dans le parc où frissonnent
Les feuilles au vent mauvais
Sa robe tourbillonne
Puis elle disparaît
Elle était si jolie
Que je n’osais l’aimer
Elle était si jolie
Je ne peux l’oublier
Elle était trop jolie
Quand le vent l’emmenait
Elle était si jolie
Je n’oublierai jamaisMarc Lavoine: Elle a les yeux revolver
Un peu spéciale, elle est célibataire
Le visage pâle, les cheveux en arrière
Et j’aime ça
Elle se dessine sous des jupes fendues
Et je devine des histoires défendues
C’est comme ça
Tellement si belle quand elle sort
Tellement si belle, je l’aime tellement si fort
Elle a les yeux revolver
Elle a le regard qui tue
Elle a tiré la première
M’a touché, c’est foutu
Elle a les yeux revolver
Elle a le regard qui tue
Elle a tiré la première
Elle m’a touché, c’est foutu
Un peu larguée, un peu seule sur la terre
Les mains tendues, les cheveux en arrière
Et j’aime ça
À faire l’amour sur des malentendus
On vit toujours des moments défendus
C’est comme ça
Tellement si femme quand elle mord
Tellement si femme, je l’aime tellement si fort
Elle a les yeux revolver
Elle a le regard qui tue
Elle a tiré la première
M’a touché, c’est foutu
Elle a les yeux revolver
Elle a le regard qui tue
Elle a tiré la première
Elle m’a touché, c’est foutu
Son corps s’achève sous des draps inconnus
Et moi je rêve de gestes défendus
C’est comme ça
Un peu spéciale, elle est célibataire
Le visage pâle, les cheveux en arrière
Et j’aime ça
Tellement si femme quand elle dort
Tellement si belle, je l’aime tellement si fort
Elle a les yeux revolver
Elle a le regard qui tue
Elle a tiré la première
M’a touché, c’est foutu
Elle a les yeux revolver
Elle a le regard qui tue
Elle a tiré la première
Elle m’a touché, c’est foutu
Alain Barrière: Ma vieAlain Barrière: Ma vie
J’en ai vu des amants
Ma vie
L’amour ça fout le camp
Je sais
On dit que ça revient
Ma vie
Mais c’est long le chemin
Ma vie
J’en ai lu des toujours
Ma vie
J’en ai vu de beaux jours
Je sais
Et j’y reviens toujours
Je sais
Je crois trop en l’amour
Ma vie
J’en ai vu des amants
Ma vie
L’amour ça fout le camp
Je sais
On dit que ça revient
Ma vie
Mais c’est long le chemin
Ma vie
Qu’il est long le chemin
Tags: Alain Barrière, canção francesa, Francis Bacon, Marc Lavoine, morte social, poesia, Sentimentalismo romântico, solidão, vida
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