Na Gruta do Rei da Montanha

Costumo pedir aos alunos trabalhos que confrontem dois géneros distintos. Dizem que é difícil…
O anúncio Ópera, da Nintendo, realizado por Bruno Aveillan, é extraordinário e a música fabulosa. De quem é a música? Será Na Gruta do Rei da Montanha, de Edvard Grieg (ver vídeo)? A gruta de Grieg está pejada de monstros (trolls). Será que existe alguma relação entre os monstros do anúncio e os “trolls” da música? O pop/rock é permeável a influências. Haverá músicas pop/rock inspiradas em Grieg? Com o mesmo nome? Por exemplo, os Deep Purple, os Rainbow e, entre outros, os Apocalyptica (ver vídeo). O que perfaz três géneros. Vários artistas retrataram a história de Peer na Gruta do Rei da Montanha. Por exemplo, Theodor Kittelsen (ver imagem). Multiplicaram-se os vídeos de animação. Por exemplo, o vídeo da TVP SA, de 1996 (ver vídeo). Acrescente-se que Edvard Grieg compôs esta música (1876) a partir da obra Peer Gynt, do escritor Henrik Ibsen (1867). Somamos seis géneros: publicidade, música clássica, música pop/rock, pintura, cinema de animação e literatura. Material suficiente para um trabalho? Se for do meu interesse e valorizar as minhas competências. Por exemplo, se estiver inclinado para a semiótica da monstruosidade, é um excelente cocktail. Mas, aqui chegados, o que me estimula é comparar Na Gruta do Rei da Montanha, de Edvard Grieg, com a Dança Macabra, de Camille Saint-Saens (1875). São do mesmo género, será possível? Nunca se sabe…
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