Dois amores

A música fascina-me; a ciência massaja-me. Entre uma peça musical e um discurso académico não hesito. Costumo iniciar os encontros que organizo com um momento musical. A bênção antes da penitência. Se o charme da ciência não se extraviar, teremos, um dia, comunicações cantadas. Já coloquei, no Tendências do Imaginário, o Concerto para piano nº 2, de Dmitri Shostakovich. Não me importo de o repetir nem que seja uma centena de vezes. Não o faço com um discurso académico. Na verdade, não “nasci p’ra música”, como o José Cid, mas para a ciência, com os seus benefícios e os seus custos. Acrescento uma estreia: o Romance, de Dmitri Shostakovich.