A solidão como companheira

Georges Moustaki. Ma Solitude. Le Métèque. 1969.

“Não, nunca estou só com a minha solidão”. Sou mais prosaico do que o Georges Moustaki: gosto de estar só, mas não gosto de me sentir só. A solidão existe. A solidão das margens e a solidão na multidão. A solidão de quem se perdeu no mundo ou no mundo perdeu a mão de Deus. Existe, também, a solidão de quem não suporta a sua própria companhia. Nos anúncios BoardingThe Box, não se fala da mesma solidão. Uma é desejada e a outra imposta. Em contrapartida, no extremo oposto, aquele que anda sempre acompanhado não tem folga para pensar ou pensa, então, em equipa.

Marca: Air France. Título: Boarding. Agência: BETC Euro RSCG. Direcção: Hou Hsiao Hsein. França, 2006.

Carregar na imagem para aceder ao anúncio The Box.

digital-art-by-gregoire-a-meyer

Anunciante: Anti Exclusion. Título: The Box. Agência: McCann Erickson. Direcção: Joris Bergsma. Holanda, 1996. Imagem: Digital Art by A. Meyer.

Tags: , , , , ,

One response to “A solidão como companheira”

  1. Beatriz Martins says :

    Que prosaico? Pois também gosto de estar só, mas sem que me sinta só. Mas, Georges Moustaki tem razão sim – “Je ne suis pas seule avec ma solitude ” desde que eleita por nós.

Leave a Reply to Beatriz MartinsCancel reply

Discover more from Tendências do imaginário

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading